STEVE JOBS - o estilo de liderança para uma nova geração
Uma seleção das
melhores frases escolhidas especialmente por Tom R. para o blog MAIS DE MIL
FRASES DE EFEITO.
Lembrando que a
leitura deste resumo não substitui a importância da leitura integral do livro
assim como um adiantamento salarial não substitui todo o salário. Mas este
resumo apresenta bons insights que podem ser aproveitados em sua vida de alguma
maneira.
Se reproduzir este
resumo em algum outro veículo de comunicação (blog, TV, vídeo, revista, fórum,
jornal, livro, etc.) preserve os créditos acima.
Escrito por JAY ELLIOT - ex-vice-presidente sênior da Apple Computer
com William L. Simon
Provavelmente, Steve Jobs oferece o melhor exemplo possível de
como um líder pode implementar essas mudanças e dirigir uma organização muito
grande como se fosse de uma empresa que acabou de nascer. Alguns dos conselhos
que dou não parecerão fáceis ou confortáveis. Pedirei que você pense de maneira
a qual não está acostumado. No entanto, você poderá melhorar sua empresa e sua
vida se for suficientemente corajoso para executar os princípios da liderança
ao estilo Steve Jobs que encontrará nessas páginas.
Ele criou a iTunes Store e o iPod a partir do seu amor pela música
e do desejo de levar a música a todos os lugares com ele. Steve adorava a
conveniência do celular, mas odiava os telefones pesados, desajeitados, feios e
difíceis de usar, e essa insatisfação o levou a dar o iPhone a si mesmo e ao
restante de nós.
Steve Jobs sobreviveu, prosperou e mudou a sociedade seguindo suas
próprias paixões.
Os princípios do modo de utilizar os computadores hoje — movendo o
cursor com o mouse, clicando para realizar uma seleção, arrastando um arquivo
ou ícone, e todo o resto — foram ideias praticadas pela primeira vez no PARC e
promovidas pela equipe mediante a insistência contínua de Steve em relação à
simplicidade, elegância de design e intuição.
Os grandes produtos resultam somente de pessoas que estão
apaixonadas. Os grandes produtos resultam somente de equipes que estão apaixonadas.
O Mac e todos os produtos posteriores são mais do que “apenas
produtos”. Eles são uma representação do compromisso intenso de Steve Jobs. Os
visionários são capazes de criar grande arte ou grandes produtos, pois seu
trabalho não é das nove da manhã às cinco da tarde. O que Steve estava fazendo o
representava; era intuitivo, mas inspirado.
Essa paixão pelo produto atravessa toda a organização da Apple: das
recepcionistas até os engenheiros, passando pelos membros da diretoria. Se os
funcionários de qualquer empresa não sentem essa paixão ser transmitida pelos
seus líderes, então os líderes precisam se perguntar: “Por que não?”.
Steve fala para as pessoas coisas assim: “Acho que você deve procurar
um emprego como ajudante de garçom ou algo parecido, até encontrar algo que se
sinta realmente apaixonado”. Ele acredita que “quase metade do que diferencia
os empreendedores bem-sucedidos dos malsucedidos é pura perseverança. Você
coloca tanto da sua vida nessa coisa, há momentos tão difíceis que acho que a
maioria das pessoas desiste. Não as culpo. Realmente é difícil, e isso consome
sua vida”. Você tem de estar muito entusiasmado com “uma ideia, um problema ou
um erro que você quer corrigir”. Se você não estiver sufi cientemente apaixonado
desde o início, você nunca vai perseverar.
Steve Jobs entende algo que muitas empresas procuram compreender, mas
raramente conseguem. Quanto mais ele avançou, mais simples ficaram seus
produtos. Em certos casos, é menos acerca do produto e mais acerca do usuário.
Todos os usuários querem se sentir bem-sucedidos. Quando você sabe operar algo
com habilidade, como você se sente? Mais pessoas compram se elas se sentem bem usando
o produto.
Steve usava um relógio Porsche, escolhido porque ele se sentiu muito
intimidado pelo design superior. Sempre que alguém percebia o relógio e o
admirava, Steve o tirava do pulso e o dava de presente, um modo de dizer:
“Parabéns por reconhecer um design excelente”. Minutos depois, ele voltava a
ter um relógio idêntico no seu pulso. Ele mantinha uma caixa com muitos deles
no seu escritório e, assim, podia dá-los... o exemplar custava cerca de 2 mil
dólares.
Em uma reunião com as pessoas que redigiam a documentação de apoio
do Macintosh, alguém apresentou a proposta do dia: que o manual do usuário
devia ser escrito no nível do último ano da escola do ensino médio. Steve não
gostou da sugestão: “Não. No nível do primeiro ano do ensino básico”, disse.
Ele revelou que um dos seus sonhos era que o Mac fosse tão simples de usar que
não haveria necessidade de um manual. E Steve concluiu: “Talvez devêssemos
pegar um aluno do primeiro ano para escrevê-lo!”.
Para Steve, o sucesso estava nos detalhes.
O poder das mãos
Steve era fascinado pela capacidade incrível da mão, suas inúmeras
habilidades, e pelo modo como ela funciona. Às vezes, em uma reunião, eu o
percebia mantendo uma mão elevada, na frente do rosto, e a virando lentamente,
totalmente absorvido pela percepção de como a mão é configurada e do que ela é
capaz de fazer. Por dez ou quinze segundos, ele parecia
completamente absorvido por esse exercício. Você só tinha de vê-lo fazendo isso
uma ou duas vezes para compreender o que isso significava: os dedos podiam ser
muito mais úteis para retransmitir instruções ao computador do que apenas
digitando teclas no teclado.
Depois do seu insight a partir das visitas ao PARC, Steve falava muitas
vezes a respeito de como as mãos são um dispositivo incrível, e dizia coisas
como: “A mão é a parte mais utilizada do corpo para implementar o que o cérebro
quer”. Além disso: “Se você conseguir reproduzir a mão, será um produto
formidável”. Em retrospecto, era uma observação muito poderosa de um detalhe
que levou ao lançamento corrente dos produtos da Apple, do Mac ao iPod, iPhone
e iPad.
O espaço prepara o terreno para as pessoas
Para Steve Jobs, uma equipe é mais que a soma das suas pessoas.
Ela também é influenciada pelo ambiente de trabalho. A área de trabalho em si
pode ter uma forte influência sobre o funcionamento da equipe. Não é apenas um
conjunto de cubículos ou bancadas de trabalho; o ambiente físico integra a
criação da aura, da atmosfera de ser especial.
A empresa tinha tanto dinheiro que não havia plano de saúde;
quando o funcionário tinha alguma despesa médica, quer fosse uma consulta ou
uma cirurgia, ele apenas apresentava as contas e a Apple cobria as despesas.
A equipe do Mac tinha um estoque de garrafas de champanhe, abertas
sempre que alguém sentia que um objetivo pequeno, mas importante, fora
alcançado.
Quando algum membro da equipe do Mac merecia um bônus, Steve
colocava o cheque em um envelope de trabalho, dirigia-se até a estação de
trabalho do funcionário e o entregava pessoalmente.
Assim que os primeiros Macs foram postos à venda, Steve quis que
os funcionários da fábrica soubessem que seus esforços haviam sido apreciados.
Como um presidente-executivo demonstra reconhecimento?
Talvez o departamento de recursos humanos imprima certificados
para serem pendurados na parede? Dizer para o gerente da fábrica realizar uma
comemoração? Não para Steve. Ele foi pessoalmente à fábrica, levando-me com
ele. Entregou uma nota de cem dólares para cada funcionário, olhando nos olhos
de cada um, como de costume. Mas o dinheiro não era o que importava. O que
causou uma impressão profunda foi o presidente-executivo se preocupar em
entregar o bônus de “parabéns” pessoalmente.
No lançamento do iPhone, todos os funcionários ganharam
um aparelho: desde o funcionário de tempo parcial até os consultores que estavam
na empresa havia mais de um ano.
Steve era o maior chefe de torcida que qualquer equipe pode ter, continuamente
levantando o moral e o entusiasmo com frases como: “O que estamos fazendo aqui
enviará uma onda gigante através do Universo”.
Em um famoso discurso de paraninfo para a turma de 2005 da
Universidade
Stanford, ele afirmou: “Você tem de confiar em alguma coisa, sua
intuição, seu destino, sua vida, seu carma, seja o que for. Essa abordagem
nunca me desapontou, e fez toda diferença na minha vida”.
Ele incutia o mesmo senso de confiança, propósito e visão nas
pessoas que trabalhavam para ele.
Nos tempos pré-Mac, os novos funcionários da Apple eram contratados
na base da tentativa, e a expectativa era que aprendessem a usar o Apple II.
Depois de três semanas, eles eram testados. Se não tivessem conseguido aprender
a utilizar o computador, isso seria considerado um sinal de que não se
importavam com o produto ou a empresa e eram demitidos.
Se aprovados no teste, a Apple dava-lhes um computador Apple II de
presente.
A empresa também era muito generosa com fornecedores,
desenvolvedores
e consultores. “Você gostaria de dois novos Macs? Uma impressora a
laser? Um servidor?” A perda para a empresa praticamente não afetava a receita;
o ganho em boa vontade e entusiasmo em relação aos produtos da Apple era
enorme, além de qualquer cálculo.
Bastava observar Steve no palco em um lançamento e imaginar o
orgulho e a satisfação que você sentiria se tivesse tido um papel na criação,
na comercialização ou no lançamento. Então, pergunte-se o que você pode fazer
para criar o mesmo senso de recompensa para seu pessoal.
Steve sempre percebeu que, se você quiser alguma coisa
intensamente, terá o poder ampliado de convencer os outros.
Foram cinco anos desde a assinatura do contrato até a estreia de Toy Story, mas, para todos os envolvidos, valeu a pena a luta e a espera.
O filme, que, no fim, custou 30 milhões de dólares, faturou 190
milhões de dólares,
nos Estados Unidos, e um total de mais de 300 milhões de dólares, mundialmente.
Consolidou a Pixar como estrela no firmamento de Hollywood.
A Pixar é singular entre os estúdios de Hollywood: é o único estúdio
importante que nunca perdeu dinheiro em nenhuma produção.
E tudo isso porque Steve Jobs, um tanto contra seu melhor
julgamento, se dispôs a financiar aqueles primeiros filmes de curta-metragem da
Pixar.
Os inovadores elaboram produtos que são resultado do que imaginam,
coisas que os ajudam a produzir um mundo em que gostariam de viver. Essa é uma
mentalidade diferente de apenas descobrir como melhorar em relação ao passado.
Os desenvolvedores de produto geniais são movidos por um desejo de
mudança, por coisas e experiências que são melhores e especiais. Os
desenvolvedores de produto como Steve Jobs possuem imaginação que lhes permite
antever novos produtos ou novos modos de vida. Então, eles perguntam por que não? Isso sempre me recorda a frase de Robert Kennedy: “Algumas pessoas
enxergam as coisas como elas são e perguntam: ‘Por quê?’ Eu sonho com coisas
que nunca existiram e pergunto: ‘Por que não?’”.
Thoreau afirmou: “A simplificação dos meios e a elevação dos fins
é o objetivo”.
Em diversas empresas, há pessoas com imaginação fértil, cujas ideias
brilhantes são frequentemente descartadas em favor do apoio ao status quo. Em uma sociedade que sempre aplaude as inovações, inúmeras
grandes ideias são frustradas e desperdiçadas todos os dias.
Eis por que você lê tão frequentemente a respeito de casos em que
um empreendedor com um novo e brilhante produto deixa sua empresa anterior, que
não tinha interesse em suas ideias visionárias.
“Tenho tanto orgulho do que
não fazemos como do que fazemos”, ele sempre dizia. Há maneiras diferentes de
interpretar essa afirmação. No entanto, sempre achei que ele queria dizer que
também mostramos nossos valores e nossa visão por aquilo que decidimos não
fazer. Não estamos tentando ser todas as coisas para todas as pessoas, ainda
que tentar agradar a todos seja, às vezes, difícil de resistir e pode parecer a
maneira de enriquecer. “A qualidade é mais importante do que a quantidade, e é
uma decisão fi nanceira melhor”, Steve declarou a Business- Week.
Você tem de tolerar também erros sem penalizar os outros.
Acredite-me, causa uma péssima impressão quando alguém que deu uma
ideia, adotada e financiada pela empresa, é rebaixada de posto ou até demitida
quando o projeto não tem sucesso.
Quando ocorre o contrário, todos captam a mensagem: é ótimo ser
criativo, fazer algo novo; seu emprego não vai estar em risco.
Talvez eu seja apenas um sonhador, mas acredito que a organização empreendedora
representa o futuro, pois as pessoas estão demandando esse tipo de ambiente. Vi
isso nas minhas próprias empresas e vi isso em outras empresas. As pessoas
querem ambientes mais humanos, em que seus esforços são, no mínimo,
reconhecidos, em que se sintam parte de alguma coisa. A geração mais jovem de funcionários,
e, principalmente, os mais talentosos, quer mais do que
um emprego das nove da manhã às cinco da tarde. Essa geração quer algo
com propósito.
Como Steve, entendo uma ideia muito melhor quando ela é apresentada
visualmente para mim. Falo ao meu pessoal: “Me tragam suas
ideias na forma de modelo ou protótipo, ou numa demonstração que posso ver no
computador. Só me contar, ou me entregar uma descrição, significa que preciso
tentar imaginar o que está na mente de vocês. Sempre que possível, preciso ver”.
Acredito que a empresa é um reflexo do seu líder, do seu defensor.
Como as crianças que sentem quando alguém não é sincero, você não pode fingir. Precisa
ser apaixonado pelos produtos que está criando, promovendo, comercializando ou
vendendo, e isso significa que precisa estar numa empresa e num setor que se
interessa de verdade.
Steve Jobs não poderia ter alcançado o que alcançou sem paixão, sem
um compromisso com a excelência, com uma grande construção da marca e com uma
franqueza para aprender a partir dos erros.
Você tem de confiar em alguma coisa: sua
intuição, seu destino, sua vida, seu carma, seja o que for. Essa abordagem nunca
me desapontou, e fez toda diferença na minha vida.
Steve Jobs, discurso de paraninfo para a
turma de 2005 da Universidade Stanford.
2 comentários:
Realmente me faz ter uma visao mais ampla. Muito obrigado por este texto.
Esse Steve Jobs, q pessoa admirável, inteligente, de visão...E p mim foi muito válido essa postagem pq no momento tem a ver com minha vida.
Bjim Tom vc é de mais....
Postar um comentário