O domínio de si
mesmo – Emili Coué
Uma seleção das melhores frases escolhidas especialmente por Tom R. para o blog MAIS DE MIL FRASES DE EFEITO.
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A auto-sugestão é um instrumento que nasce conosco, e este instrumento, ou melhor esta força, é dotada de um poder inaudito, incalculável, que, conforme as circunstâncias, produz os melhores ou os piores efeitos. O conhecimento desta força é útil a cada um de nós e, particularmente, é indispensável aos médicos, aos magistrados, aos advogados e aos educadores da mocidade.
Logo que a sabemos pôr em prática, de uma maneira consciente, devemos evitar, em primeiro lugar, provocar nos
outros as auto-sugestões malignas, cujas consequências podem ser desastrosas;
depois provocamos, conscientemente, as auto-sugestões benignas, que levam a saúde
moral aos que sofrem de nevrose, aos desencaminhados, vítimas inconscientes de auto-sugestões
anteriores, e que conduzem ao bom caminho os espíritos com tendência a seguirem
o mal.
Consideremos uma pessoa atacada de insónia. Se ela não faz esforços
para dormir, ficará sossegada no leito. Se, ao contrário, quer dormir, quanto mais se esforça mais agitada fica. Não sei se
observaram que, quanto mais a gente procura se lembrar do nome de uma pessoa,
que se julga ter esquecido, mais ele foge à lembrança, até o momento em que,
mudando-se no espírito a ideia de “não me lembro” pela de “já me lembro”, o
nome nos vem naturalmente sem o menor esforço.
Qual era o estado de espírito de cada um, nestas várias circunstâncias
? Eu não quero cair, mas não posso impedi-lo; quero dormir, mas não posso; quero lembrar o nome da senhora Tal, mas não posso; quero evitar o obstáculo, mas não posso; quero conter a minha risada, mas não posso. Como se vê, em cada um desses conflitos é sempre a imaginação que sobrepuja a vontade, sem exceção alguma.
Panurge não ignorava o contágio do
exemplo, isto é, a ação da imaginação, quando, para vingar-se de um negociante
com quem viajava, comprava o seu maior carneiro e o atirava ao mar, convencido,
de antemão, de que a carneirada toda o acompanharia, o que, aliás, aconteceu. Nós,
homens, parecemo-nos mais ou menos com os dessa raça
lanígera e, a contragosto, seguimos irresistivelmente o exemplo
alheio pensando que não podemos fazer de outro modo.
Poderia citar outros mil exemplos, mas receio que uma enumeração dessa
ordem se torne enfadonha. Entretanto, não posso deixar em silêncio um fato que
põe em evidência o poder enorme da imaginação, ou por outra, do inconsciente na sua luta contra a vontade.Há ébrios que bem quereriam não mais beber, mas não podem
abster-se da bebida alcoólica. Indaguem deles, e responderão, com
toda a sinceridade, que desejariam ser abstémios, que lhes aborrece a bebida,
mas que são irresistivelmente impelidos a beber, apesar de sua vontade, apesar de saberem o mal que isso lhes faz...
Assim, também, certos criminosos cometem crimes, contra a vontade, e quando se pergunta por que agiram dessa maneira,
respondem: “Não pude conter-me, aquilo me dava ímpetos, era mais forte do que
eu”.
De acordo com o que precede, pudemos comparar a imaginação a uma
correnteza que arrasta, fatalmente, o desgraçado que se deixa apanhar por ela,
malgrado sua vontade de alcançar a margem. Esta correnteza parece invencível;
todavia a pessoa sabendo fazê-lo, a desviará do seu curso, conduzi-la-á a uma
usina e aí transformará a sua força em
movimento, em calor, em eletricidade.
Se esta comparação não lhes parece suficiente, comparemos a imaginação
a um cavalo selvagem que não tem cabresto, nem rédea. Que pode fazer o
cavaleiro que o monta, senão deixar-se levar aonde o cavalo o quiser conduzir ?
E, se o cavalo se enfurece, como muitas vezes sucede, é num fosso que vai
terminar a corrida. Se o cavaleiro põe a rédea nesse cavalo, os papéis mudam.
Não é mais ele que vai aonde o cavalo quer, e sim o cavalo que segue o caminho
que o cavaleiro deseja.
Agora, que já explicamos a força enorme do ser inconsciente ou imaginativo,
vou lhes mostrar que este ser, considerado como indomável, pode ser tão
facilmente domado quanto uma correnteza ou um cavalo selvagem.
Emprego
da auto-sugestão
Volto ao ponto onde dizia que podemos domar e dirigir a nossa imaginação,
como se doma uma correnteza ou um cavalo bravo. Para tal, basta saber,
primeiramente, que isso é possível (o que quase todo mundo ignora), e, em
seguida, conhecer o meio. Pois bem, esse meio é muito simples; é aquele que sem
o querermos , sem o sabermos, de maneira
absolutamente inconsciente de nossa parte, empregamos todos os
dias desde que viemos ao mundo, mas que, infelizmente para nós, empregamos quase
sempre mal, para nosso maior dano. Este meio é a auto-sugestão.
Enquanto, habitualmente, a gente se auto-sugestiona inconscientemente,
seria bastante auto-sugestionar-se conscientemente, cujo processo consiste
nisto: “primeiro meditar convenientemente sobre as coisas que devem ser o
objeto da auto-sugestão e, conforme esta responda sim ou não, repetir muitas
vezes, sem pensar noutra coisa: “Isto acontece
ou isto não acontece; isto vai ser ou isto não vai ser etc., etc.,
e, se o inconsciente aceita esta sugestão, se ele se auto-sugestiona, veremos
nisso as coisas se realizarem ponto por ponto.
Assim entendida, a auto-sugestão não é
outra coisa senão o hipnotismo tal como o compreendo e o defino por estas
simples palavras: influência sobre o
ser moral e o ser físico do homem.
Se alguém se persuadir de que pode fazer alguma coisa qualquer, contanto
que ela seja possível, esse alguém a fará ainda que seja difícil fazê-la.
Se, ao contrário, as pessoas crêem que não podem fazer a coisa mais
simples do mundo, torna-se para elas impossível fazê-la, e, nesta ordem, os
montinhos de areia que as toupeiras erguem são, para essas pessoas, como
intransponíveis montanhas.
Conheço certas pessoas que prognosticam que, determinado dia, vão
sentir dor de cabeça, predizendo em que circunstâncias, e, de fato, no dia
assinalado, circunstâncias anunciadas, sentem essa dor de cabeça. Essas pessoas
mesmas causam o seu mal, assim como outras se curam a si próprias pela auto-sugestão consciente.
Sei que, geralmente, a gente passa por louco, diante de pessoas, quando
se ousa emitir ideias que não estão habituadas a ouvir. Pois bem, arriscando-me
a passar por louco, dir-lhes-ei que, se certas pessoas são, moral e
fisicamente, doentes, é porque imaginam estar
doentes, seja moralmente, seja fisicamente; se algumas pessoas são paralíticas,
sem terem lesão alguma, é que imaginam estar
paralíticas, e é entre estas pessoas que se dão as curas mais extraordinárias.
Se alguns são felizes ou infelizes, é porque imaginam ser felizes ou infelizes, porquanto entre duas
pessoas colocadas exatamente nas mesmas condições, uma pode se julgar perfeitamente feliz e a outra absolutamente infeliz.
A neurastenia, a gagueira, as fobias, a cleptomania, certas
paralisias etc., não são outra coisa senão o resultado da ação do inconsciente sobre o ser físico ou moral.
Mas, se o nosso inconsciente é a
fonte de muitos de nossos males, também pode trazer a cura das nossas doenças
morais e físicas. Ele pode, não somente reparar o mal que nos fez, como também
curar as doenças reais, tão grande é a sua ação sobre o nosso organismo.
A vontade não deve intervir na prática da auto-sugestão; porque,
se ela não está de acordo com a imaginação, se a gente pensa: “quero que tal
coisa aconteça”, e a imaginação diz: “tu queres, mas isso não sucederá”, não
somente não se consegue o que se quer, mas ainda se obtém exatamente o
contrário. Esta observação é capital, e explica por que os resultados são tão pouco
satisfatórios quando, no tratamento das afecções morais, se fazem esforços para
reeducar a vontade. É a imaginação que é preciso educar, pois, graças à delicada divergência entre esta e
aquela, o meu método teve
sucesso onde outros, e não poucos, fracassaram.
Das numerosas experiências que faço, diariamente, desde vinte anos,
observadas por mim, com atencioso cuidado, pude tirar as condições que se
seguem e que resumi em forma de lei:
1.º - Quando a vontade e a imaginação estão
em luta, é sempre a imaginação a vencedora, sem exceção
alguma;
2.º - No conflito entre a vontade e a
imaginação, a força da imaginação está na razão direta do quadrado da vontade;
3.º - Quando a vontade e a imaginação estão
de acordo, uma não se ajusta à outra, mas uma se multiplica pela outra;
4.º - A imaginação pode ser governada.
(As expressões “na razão direta do quadrado da vontade” e “se multiplicam”
não são rigorosamente exatas. São simplesmente imagens destinadas a fazer
compreender o meu pensamento.)
Mas para fazer com que as pessoas pratiquem a auto-sugestão consciente, é preciso ensinar-lhes como fazê-lo, do mesmo modo
que se faz para lhes ensinar a ler ou escrever, ou para que elas aprendam
música etc.
A auto-sugestão é, como disse mais atrás, um instrumento que trazemos
conosco ao nascer e com o qual brincamos inconscientemente toda a nossa vida,
como um menino brinca com seu maracá. Mas é um instrumento perigoso; pode
ferir, matar mesmo, se o manejarem imprudentemente, inconscientemente. Ao
contrário, salva quando o souberem empregar de maneira consciente.
Pode-se dizer dele o que da língua dizia Esopo: “É a melhor e, ao
mesmo tempo, a pior coisa do mundo”.
Vou explicar-lhes, agora, como se pode fazer para que todo mundo experimente
a ação benfazeja da auto-sugestão, aplicada de um modo consciente.
Dizendo “todo mundo”, exagero um pouco, porque há duas classes de
pessoas nas quais é difícil provocar a auto-sugestão consciente:
1.º - Os retardados, incapazes de compreender o se lhes diz;
2.º - As pessoas que não
querem aprender.
O princípio deste método se resume, pouco mais ou menos, nestas palavras:
Só se pode pensar em
uma coisa de cada vez, isto é, duas ideias podem se
justapor, mas não se podem sobrepor em nosso espírito.
Todo pensamento que preocupa inteiramente
o nosso espirito, torna-se verdadeiro para nós e possui uma tendência para
transformar-se em ato.
Portanto, se conseguirmos fazer crer a um doente que vai acabar seu
sofrimento, este de fato desaparecerá.
Como
se deve praticar a auto-sugestão consciente
Todas as manhãs, ao acordar, e todas as noites, logo ao deitar, fechar
os olhos e, sem fixar a atenção ao que se diz, proferir em voz bastante alta, a fim
de ouvir as próprias palavras , esta frase, repetindo-a vinte
vezes, tendo para isso um cordão com vinte nós: “Todos os dias, de todas as maneiras,
estou cada vez melhor”. Como
as palavras “ de todas as
maneiras” abrange tudo, é inútil fazer
auto-sugestão para determinados casos. Esta auto-sugestão deve ser feita da maneira mais simples, mais infantil, mais maquinal possível,
portanto, sem o menor esforço. Numa palavra, a fórmula deve ser repetida no tom
em que se rezam as ladainhas. Destarte, consegue-se introduzi-la mecanicamente no inconsciente, pelo ouvido e, logo que nele
penetra, ela age.
A prática da auto-sugestão não dispensa o
tratamento médico, mas é um precioso auxiliar para o doente e para o médico.
Superioridade
do método
Este método dá, absolutamente, maravilhosos resultados.
Efetivamente, procedendo-se como aconselho, não se falhará nunca, a não ser com
as espécies de pessoas que falei atrás e que, felizmente, representam apenas 3%
do povo.
Ação
da sugestão
Para bem se compreender o papel da sugestão ou, por outra, da auto-sugestão,
basta saber que o inconsciente é o
“dirigente mor de todas as nossas funções”. Façamos-lhe crer, como anteriormente disse, que tal órgão que
não funciona bem, deve funcionar bem. Instantaneamente o inconsciente lhe ordena e o órgão, obedecendo submissamente,
inicia a recuperação de sua função normal, imediatamente.
Mas, se a auto-sugestão é útil no tratamento das afecções morais e
físicas, quantos serviços ainda maiores não podem prestar à sociedade, transformando
em pessoas honestas as infelizes crianças que povoam as casas de correção e que
de lá saem para entrar na vastidão do crime?
Não me digam que isto é impossível. É possível e posso fornece-lhes
a prova.
O que
digo
Já expliquei a minha teoria da
auto-sugestão consciente e também a aplicação do meu método. Com certeza, as
minhas explicações foram claras, porquanto muitas pessoas, somente com a
leitura dessa brochura, conseguiram curar-se de moléstias, muitas vezes graves,
de que não puderam melhorar fazendo outro qualquer tratamento.
Os homens foram sempre, em todos os tempos, amantes das coisas misteriosas
e sobrenaturais. Quando assistem a um fato, com o qual não estão
familiarizados, e não o compreendem, atribuem-no logo a uma causa sobrenatural,
até o momento em que descobrem a lei que o determinou.
Houve, e ainda há, desde os tempos mais remotos, pessoas que
curavam, ou antes, pseudo-médicos que, por meio de gestos e imposições das
mãos, com palavras e cerimónias mais ou menos impressionantes, muitas vezes conseguiam
curas instantâneas, causando aos assistentes uma espécie de admiração
entusiástica ou temerosa, porque tais fatos, para certas pessoas, eram obras do
Espírito maligno.
Na Grécia antiga, enfermos costurados dentro duma pele de animal recém-morto,
passavam a noite nos degraus do templo de Atenéia e, muitas vezes amanheciam
curados.
Com a imposição das mãos, apenas, os reis de França faziam desaparecer
as escrófulas. A celha de Mesmer extinguia os males daqueles que seguravam uma
das correntes nela mergulhada; Atualmente, as associações Christian Science
e Novo Pensamento têm
conseguido resultados idênticos, pelos processos magnéticos, pelo hipnotismo
etc.
Essas curas, para a maioria das pessoas, são cheias de mistérios,
e derivam de uma força particular da qual são dotados aqueles que as operam,
quando as devemos atribuir a uma força inteiramente natural, obedecendo a leis,
de que mais adiante trataremos.
Não quero que me tomem, como muita vezes acontece, por uma pessoa
que cura doentes, um operador de milagres, que tem à sua disposição todas as
forças ocultas e tudo pode, mesmo e principalmente o impossível.
Não somente não curo, nem faço milagres, como também não sou feiticeiro,
nem tenho o poder especial de que me supõem dotado. Sou, apenas, um homem, se o
quiserem um homem capaz, mas um homem como os outros homens, cuja função não é
de curar, mas, simplesmente, a de ensinar às pessoas o que elas podem fazer, a
fim de se ajudarem a si próprias, a fim de elas mesmas, conseguirem suas
melhorias e se curarem por si mesmas, se a cura for possível.
Suponhamos, um instante, que eu tenha o dom de curar. Embora duvidando,
admito que por estardes em minha presença, eu tenha uma certa influência sobre
vós. Mas, por outro lado, deveis admitir que, quando me tiverdes deixado,
quando vos achardes na rua, ou de volta a Londres, a Nova Iorque, a Chicago,
não poderei ter mais essa influência. Se adoecerdes, então, sentir-vos-eis
perdidos. De minha parte, diminuo a vossa personalidade, deixo crer que dependeis
de mim e não de vós mesmos.
Se, ao contrário, vos demonstro que o poder que me atribuis não está
em mim, mas em vós, e vos ensino como aproveitá-lo, tereis a possibilidade de
utilizá-lo e de conseguir, vós mesmos, a melhoria ou a cura, em qualquer parte
do mundo, onde vos encontrardes.
Suponhamos que estais passeando por uma avenida, em companhia de
um amigo; tirais um cigarro da cigarreira e, ao querer acendê-lo, verificais
que nem vós nem vosso amigo tendes fósforos. Nessa ocasião, passa um senhor,
fumando, tranquilamente, um charuto. Aproximais dele e lhe pedis fogo. O cavalheiro,
muito gentilmente, apresenta a ponta acesa do charuto, na qual acendeis o
cigarro. Ao voltardes para junto do vosso amigo, este vos diz: — “Sabeis quem é
aquele senhor?” “Não, por que?” — Pois bem, é o rei de...” — “Não é possível” —
Mas é possível tanto quanto exato.
Agora que sabeis quem é esse cavalheiro, porventura ireis, novamente,
pedir-lhe fogo? Não! Não vos atrevereis mais. Por que? Porque essa pessoa tem
agora, sobre vós, uma influência que, anteriormente, não tinha, derivada não
dela, propriamente, mas tão somente do seu título e de sua posição social.
Portanto, vós mesmos criastes essa influência, sem vos aperceberdes.
Que é preciso, então, fazer para melhorar e curar-se a si mesmo?
Para isto, basta apenas, aprender a utilizar, bem e
conscientemente, um instrumento que cada um de nós possui desde o nascimento,
usa-o desde logo e continua usando-o toda a vida, sem o saber, até o momento de
expirar. Este instrumento não é outra coisa senão a auto-sugestão, que se pode
definir assim: é a ação de impor a si mesmo uma ideia no espírito.
E a criança, ,por sua vez, diz consigo mesma, na linguagem que
ignoramos, mas que ela compreende, perfeitamente: “Cada vez que quiser que papá
ou mamã me tire do berço, basta chorar.” E chora. Se, ao contrário, deixarem-na
chorar durante quinze minutos, meia hora ou mais ainda, ela, vendo que não
surte efeito o choro, diz consigo, na sua
linguagemzinha: “Oh! Não vale a pena chorar.” E cala-se. Como vê,
desde o primeiro dia da nossa existência, começamos a sugestionar e a
auto-sugestionar; e fazemo-lo noite e dia, até à hora de morrer. Nossos sonhos
são auto-sugestões produzidas pelo inconsciente, como também tudo o que
dizemos, tudo o que fazemos, durante o dia é determinado pelas auto-sugestões
inconscientes, que só o deixarão de ser no dia em que as soubermos tornar
conscientes.
A
auto-sugestão é um instrumento perigoso
Entretanto, é mister saberdes que a auto-sugestão é um instrumento
perigoso, mesmo muitíssimo perigoso. É a melhor e ao mesmo tempo, a pior coisa
do mundo, consoante for bem ou mal aplicada. Quando bem empregada, dá sempre
bons resultados, por vezes tão surpreendentes, que, erradamente, os temos na
conta de milagres; quando mal empregada, infalivelmente dá maus resultados,
muitas vezes de tal modo consideráveis,
que se tornam verdadeiros desastres, não só no ponto de vista
físico como no ponto de vista moral.
Suponhamos, por exemplo, que alguém tenha uma perna amputada e
imagine que ela vá renascer. Subentende-se que essa perna não se renovará mais
e disto temos absoluta certeza, porque é uma coisa inteiramente fora do
possível.
Mas, se um indivíduo sente dores numa parte qualquer do seu corpo;
se algum de seus órgãos funciona mais ou menos imperfeitamente; se ele tem
ideias tristes, pensamentos tenebrosos, lembranças obsessoras, receios,
pavores, fobias, e fazendo a auto-sugestão, as dores vão pouco a pouco
desaparecendo, os órgãos, de melhoria em
melhoria, vão recuperando as funções normais e, igualmente, aos
poucos, as ideias tristes, os pensamentos tenebrosos, as lembranças obsessoras,
os receios, os pavores, as fobias também se vão acabando, é porque essas realizações
estão no domínio da possibilidade.
A ideia de crise nervosa determina essa crise. Creio mesmo poder dizer,
sem receio de errar, que à parte os epilépticos (e ainda assim), as pessoas
sujeitas a crises nervosas só tiveram uma crise nervosa verdadeira, isto é, a
primeira. Todas as demais são ocasionadas por elas próprias.
Nestas condições, a crise, fatalmente, se reproduzirá. Se a pessoa
guarda o número de dias decorridos entre a primeira e a segunda crise, digamos
uns quinze dias, dirá consigo mesma, passada esta última crise: “Contanto que
isso não se repita nestes quinze dias!” No fim de quinze dias a crise
reaparece, e assim, automaticamente, se repetirá duas vezes por mês, até a
morte do enfermo, salvo se um acontecimento qualquer vier a
modificar o curso das coisas.
A ideia de enxaqueca no dia do jantar para o qual fostes
convidadas (refiro-me às senhoras), ou no dia do jantar para o qual convidastes
alguém, vos fará ter enxaqueca no dia exato do convite; não será nem na véspera,
nem no dia seguinte, que tereis, mais, sim, exatamente no dia marcado.
A ideia de gagueira faz a pessoa gaguejar; assim como a ideia do medo
determina o medo etc.
Direi mais que é bastante pensar: “Estou surdo, estou cego, estou paralítico”,
para ser surdo, cego ou paralítico. Não quero dizer, naturalmente, que os
surdos, os cegos, os paralíticos o sejam por pensarem que o são, mas existe um
certo número de pessoas que o são, unicamente, porque o julgam ser. Com essa
casta de gente é que se dão os pseudo-milagres que, frequentemente, se
verificam em minha casa. Se a gente
consegue convencer a essa espécie de paralíticos que eles vão
andar, observa-se que o surdo ouve, o cego vê e o paralítico anda.
Esse foi ainda um caso de surdez psíquica, provavelmente, em
consequência de uma surdez real. É muito provável que a ferida recebida na
cabeça haja determinado as lesões que causaram a surdez real. Aos poucos essas
lesões sararam e a verdadeira surdez foi, progressivamente, desaparecendo.
Entretanto, como o rapaz continuava se julgando surdo, era-o efetivamente.
Afinal, a sua verdadeira surdez acabou completamente, ficando, porém, uma
surdez psíquica, que lhe durou até o momento em que o encontrei.
Em Nancy, apresentou-se-me um caso muito original de cegueira. Veio
à minha casa, sob recomendação de pessoa amiga, uma moça de 25 anos, porque
estava completamente cega da vista esquerda, desde a idade de 3 anos. Esse olho
não tinha a mínima sensação de sombra, nem de luz. Imediatamente depois da
sessão, essa moça pôde ver. Naturalmente, todos os presentes viram, nessa cura,
tão rápida, a realização de um milagre. Quanto a mim, procurei o segredo desse
milagre e encontrei-o, desaparecendo este porque não passava de um
pseudomilagre.
Eis a explicação: A referida moça, na idade de 2 anos, sofreu uma moléstia
muito grave no olho esquerdo, curando-se ao cabo de um ano. Durante todo esse
tempo, conservou uma venda sobre a vista esquerda, que, privada de enxergar
pelo espaço de um ano, habituou-se a não ver, e guardou esse hábito até ao
momento em que veio procurar-me.
Fiz-lhe a sugestão, dizendo-lhe que as lesões, que por ventura tivesse,
iriam pouco a pouco desaparecendo enquanto ela iria enxergando cada vez mais e,
que uma vez curada dessas lesões, veria perfeitamente bem. Como não havia lesão
alguma, viu imediatamente.
Sou levado a crer que, se ela não tivesse me procurado, ficaria completamente
cega pela auto-sugestão.
O
medicamento é um maravilhoso veículo de sugestão
Não quero dizer que se deixem de tomar os medicamentos recitados pelos
médicos, ou de obedecer ao tratamento por ele ordenado, quando se põe em
prática a auto-sugestão por mim aconselhada. Com efeito, acho que,
independentemente do valor terapêutico real, que possa ter, o remédio é um
maravilhoso veículo de sugestão.
Portanto, longe de considerar a auto-sugestão e a medicina como rivais,
o que, infelizmente, muitas vezes acontece, é mister, ao contrário, considerá-las
boas amigas, que, em vez de serem incompatíveis, devem se dar as mão,
reciprocamente, e se completarem uma a outra.
Um dos meus maiores desejos, um dos meus pontos visados é
conseguir a inclusão do
estudo obrigatório da sugestão e da auto-sugestão, nos programas
das escolas de medicina, não só em França como também no estrangeiro, para maior
utilidade da profissão de médico, que disporá de mais uma arma no combate
contra a moléstia e, sobretudo, para o maior bem dos doentes.
A falta desse ensinamento é lamentável, porque, se comparamos cada
um de nós com um automóvel, cujo o corpo é a carroceria e cujo espírito é o motor, notaremos que nas escolas
os estudantes aprendem a cuidar do corpo, isto é, da carroceria, mas ignoram o espírito ou, por outra, o motor. De
maneira que, se se verificar um desarranjo no motor e
este, por si mesmo, não se consertar, o veículo não poderá mais
mover-se.
Se, porém, os estudantes soubessem, igualmente, cuidar do
espírito, isto é, do motor, fariam o veículo facilmente pôr-se em marcha.
Qual o estado de espírito das pessoas nestes diferentes casos: Quero dormir, mas não posso; quero lembrar-me do nome da senhora Tal, mas não posso; quero evitar de rir-me, mas não posso; quero deixar de gaguejar, mas não posso; quero dominar o medo, mas não posso” etc. ?
Notais que é sempre “não posso”,
imaginação, que leva vantagem sobre “posso”, vontade. Portanto, se a
imaginação leva vantagem sobre a vontade, na luta de uma contra a outra, a
imaginação é a primeira faculdade do homem, e não a vontade.
Este facto pode parecer-vos sem importância, porque o desconheceis:
entretanto, a sua importância é enorme. Quando a conhecerdes e a souberdes
aproveitar as consequências que ela permite, sereis capazes de tornar-vos
senhores de vós mesmos, física e moralmente. Demais, é necessário saberdes que,
em cada um de nós, existem dois seres bem distintos um do outro. O primeiro é o
ser voluntário e consciente que conhecemos, e que acreditamos ser quem nos
dirige. Realmente, quase todos nos pensamos ser guiados pela nossa vontade,
pelo nosso Consciente. Mas, por trás desse primeiro agente, há um outro, o Inconsciente
ou Subconsciente, ao qual, pela boa razão de não conhecermos, não dispensamos atenção. Isto é lamentável,
porquanto, tanto no ponto de vista físico como no moral, é ele que nos dirige.
Como é sempre bom dar uma prova daquilo que se enuncia, vou provar-vos
o que acabo de dizer. Todos nós temos no corpo um certo número de órgãos, tais
como o coração, o estômago, o fígado, os rins, o baço, etc. Quem, de nós, por
sua vontade, seria capaz de fazer um desses órgãos funcionar? Entretanto, eles
funcionam de uma modo contínuo, não somente de noite como de dia, enquanto o
nosso consciente dorme, porquanto este adormece ao mesmo tempo que o corpo. Se
eles funcionam, é necessariamente, sob a influência de uma força. A força é que
chamamos o Inconsciente ou o Subconsciente. Pois bem, assim como o Inconsciente
preside ao funcionamento do nosso físico, também preside ao do nosso ser moral.
É a seguinte a conclusão a tirar desse segundo princípio: se o
nosso Inconsciente é que nos conduz e se aprendemos a dirigi-lo, por seu intermédio
aprendemos a nos guiar a nós mesmos.
Para maior clareza, vou apresentar-vos uma comparação.
Consideremos cada um de nós assentado em um carro atrelado a um
cavalo e que, ao atrelarem esse animal, hajam esquecido de pôr-lhe as rédeas, tendo-se-lhe,
assim mesmo, dado uma chicotada. Naturalmente, põe-se a andar, mas em que
direção? Sem dúvida, irá onde quiser; para frente, à direita, à esquerda, para
trás, como lhe convier.
Se conseguirmos pôr as rédeas nesse cavalo, os papéis, imediatamente,
mudam. Graças às rédeas, podemos guiá-lo para onde desejamos que ele vá; e, se,
desta vez, vamos por um caminho ruim, culpemos a nós mesmos, pois que a direção
do cavalo depende,
exclusivamente de nós.
Meu papel consiste, unicamente, em mostrar-vos como se colocam as
rédeas nesse cavalo, que não as tinha e como, graças a ele, podemos conduzir-nos
como desejamos.
Todos vós, desta feita sem exceção, tendes encontrado no vosso caminho,
vítimas de idêntica auto-sugestão. Todos vós vistes pessoas que não podiam
abrir ou fechar a mão, ou que andava com uma perna dura como se fora de pau.
Pois bem, assegurar-vos que, sobre cem pessoas que não podem executar o
movimento que desejam, oitenta, seguramente, o não podem somente porque pensam
que não o podem e, neste estado
ficarão toda a vida, se em seu caminho não encontrarem alguém que
lhes ensine a pensar: “posso”.
Conclusão: Pensais sempre “posso” e nunca “não posso”.
Aproveitais, todos, este conselho: não podeis imaginar que poderosa
força moral se acha contida nestas duas simples pequenas palavras “eu posso”.
Destarte, se considereis como difícil tudo aquilo que tendes a
fazer, depressa chegareis
ao estafamento, ao passo que, se considerais o vosso trabalho como
fácil, à noite não vos sentireis cansados, como não vos sentis pela manhã.
Observai que os melhores operários são os que não fazem esforços. O
trabalho parece facilmente deslizar entre as suas mãos. Esses operários trabalham
muito, seu trabalho é bem feito e, ao fim do dia, não se sentem cansados.
O operário medíocre, pelo contrário, ainda que muitas vezes tenha boa
vontade e se esforce, produz muito menos que os primeiros, o seu trabalho não é
tão bem feito e, quando soa a hora da saída, sente-se aniquilado de fadiga.
Ponho em prática esse princípio e, graças a isso é que, não
obstante os meus sessenta e oito anos de idade, em março e abril de 1925 pude
fazer uma excursão de trinta e cinco dias na Suíça, durante a qual visitei
trinta e duas cidades, tendo feito centenas de sessões e conferências de cerca
de duas horas cada uma.
Uma só experiência é suficiente, porque, quando se faz uma, podem
fazer-se cem. Em tudo, quer no bem, quer no mal, o difícil é dar o primeiro passo.
Por mais rico que alguém seja, pode sempre ficar mais rico ainda.
Admitamos, como exemplo, que possuis vários milhões de dólares. Sois, portanto,
muito rico, não é? Mas, se vos dão um ou dois milhões mais, é claro que vos
tornais mais rico ainda.
Por conseguinte, se estais bons, se possuis um grande capital de saúde,
praticando a auto-sugestão, que vos aconselho, aumentareis este capital-saúde
da mesma forma que os outros aumentam o capital-dinheiro.
Ficai bem certos que é melhor que assim seja, porque vos será
inútil possuir um enorme capital-dinheiro; se não tiverdes capital-saúde, não podereis
desfrutar o outro.
Enquanto viverdes, todas as manhãs ao despertar e todas as noites,
assim que estiverdes deitados fechai os olhos e repeti vinte vezes, seguidamente,
com os lábios e em voz de modo que possais ouvir as palavras que proferis, sem
tentar fixar a atenção em coisa alguma, contando, maquinalmente, com o auxílio
de um cordão munido com vinte
nós (dezenove ou vinte e um, porquanto não dou importância ao
número vinte) a fórmula seguinte: “Todos os dias, de todas as maneiras, estou cada
vez melhor”.
Só pode ser proveitoso pensar-se no que se diz, mas isto não é necessário.
Eis uma comparação que vos permitirá compreender por quê: Suponhamos
que uma pessoa ignore, completamente, o que seja um revólver; coloco-lhe um
entre as mãos, dizendo-lhe: “tomai cuidado, não aperteis este pedacinho de
ferro (mostro-lhe o gatilho), porque se daria uma explosão, que poderia ser
fatal a vós mesmo ou a um dos vossos vizinhos”. Pouco importa que a pessoa me
acredite ou deixe de me acreditar: se der ao gatilho, o tiro parte.
O mesmo acontece com a auto-sugestão. Se se dá ao gatilho, e noutros
termos, se a pessoa repete a fórmula que aconselho, exatamente como ensino, o tiro
parte, isto é, a auto-sugestão se produz e opera.
Quando, pela primeira vez, se ouve a pequena frase: “Todos os dias,
de todas as maneiras, estou cada vez melhor”, a gente sente mais é vontade de
rir, porque a acha um tanto infantil ou ridícula, se, neste sentido, a
julgarmos, pelos resultados que é capaz de oferecer e que, diariamente,
oferece. Não obstante, encerra, na sua simplicidade, seis
palavras de uma importância enorme: “de todas as maneiras”. Que quer
isso dizer? Isso quer dizer tudo, absolutamente tudo, todas as coisas físicas,
todas a coisas morais, todas as coisas em que se pensa, mesmo aquelas em que se
não pensa, porque se não pensarmos conscientemente nela, nosso inconsciente se
encarrega de pensar por nós.
Não quero dizer que com ela podeis curar tudo. Não. Mas podeis curar
tudo o que é curável e o campo, para isso, é muito vasto. Insisto, porém, sobre
este ponto, porque é capital: esta sugestão deve ser feita o mais possível, de
um modo simples, infantil, maquinal e sobretudo, sem nenhum esforço (é neste
ponto que, geralmente, pecam aqueles que, praticando a auto-sugestão, não
conseguem os resultados que deveriam conseguir, normalmente. No ardente desejo
de se desfazerem dos seus males, empregam, recorrendo à auto-sugestão, uma
força, um fervor, uma energia, que, absolutamente, devem evitar).
Em uma palavra, esta fórmula deve ser repetida no tom lento e
monótono, que se usa para recitar as ladainhas. Antigamente, eu aconselhava que
a pessoa, após ter procurado ficar sossegada, prestasse atenção ao que
dissesse. Agora não o recomendo mais, porque observei, como vós também o deveis
ter feito, que, em geral, quanto mais se quer ficar sem constrangimento, mais
contrafeito se fica; quanto mais a gente trata de deter a atenção sobre um
ponto, mais tende a desviar-se dele.
Repetindo a fórmula, do modo como aconselho, sem vos esforçar, obtereis
a atenção e a calma que procurais ter sem o conseguir.
Pela repetição, conseguireis, introduzir, mecanicamente, no vosso Inconsciente,
pelo ouvido, a frase que representa uma ideia: “Todos os dias, de todas as
maneiras, estou cada vez melhor”.
Pelas explicações que dei e pelas experiências que fiz, tiveste ocasião
de notar que, quando implantamos uma ideia na mente, esta ideia se torna uma realidade
para nós; logo, se metermos na mente (o Inconsciente) a ideia: “Todos os dias, de
todas as maneiras, estou cada vez melhor”, necessariamente, todos os dias sob
todos os pontos de vista, estareis cada vez melhor. Não pode ser de outra
forma.
Para terminar, permito-me dar um conselho aos pais que desejam corrigir
seus filhos, isto é, a todos os pais, aconselho a fazerem a sugestão nos seu
filhos, durante o sono destes. Eis como devem proceder: todas as noites, assim
que a criança tiver adormecido, entrar, vagarosamente, no seu quarto, parar
cerca de um metro distante de sua cabeça, e repetir, seguidamente, vinte ou
vinte e cinco vezes, em voz baixa, numa espécie de
sussurro, a coisa que se desejarem obter dela.
Com perseverança, chega-se muitas vezes a resultados os mais extraordinários,
ao passo que outros processos têm falhado. Por exemplo, certos acidentes que
são o apanágio da criança de pouca idade, facilmente se curam por esse meio.
Se a criança rói as unhas, chupa o polegar, faz caretas; se é agastada,
preguiçosa, desobediente etc., abandona, mais ou menos depressa, esses
defeitos. Mas, para isso, como aliás para tudo, é preciso paciência e perseverança.
Como
se deve praticar a auto-sugestãoconsciente
Todas as manhãs, ao acordar, e todas as noites, logo ao deitar, fechar
os olhos e, sem fixar a atenção no que se diz, proferir em voz bastante alta, a
fim de ouvir as próprias palavras, esta frase, repetindo-a vinte vezes, tendo
para isto um cordão com vinte nós: “Todos os dias, de todas as maneiras, estou cada vez melhor.” Como as palavras “de todas as maneiras” abrangem
tudo, é inútil fazer a auto-sugestão para casos particulares.
Fazer esta auto-sugestão, quanto possível da maneira mais simples,
mais infantil, mais maquinal, por conseguinte, sem o menor esforço. Numa palavra,
a fórmula deve ser repetida no tom em que se rezam as ladainhas. Deste modo
consegue-se introduzi-la mecanicamente no Inconsciente, pelo ouvido, e, logo
que nele penetra, opera.
Seguir este método durante toda a vida, porque não só é preventivo
como também curativo.
Ademais, cada vez que, durante o dia ou durante a noite, a gente tem
um sofrimento físico ou moral, deve apegar-se imediatamente a si mesma, no
propósito de não contribuir conscientemente para esse mal, e, também, para o
fazer desaparecer. Depois, deve ficar só o mais possível, fechar os olhos e,
passando a mão pela fronte, ou pelo local dolorido, conforme se trate de uma
dor moral ou física, repetir, rapidamente, com os lábios, estas palavras: “Isto passa, isto passa etc., etc.”, durante o tempo necessário. Com um pouco de
hábito consegue-se fazer desaparecer a dor moral ou física, depois de 20 a 25
segundos. Fazer isso toda vez que julgar necessário.
OBSERVAÇÕES
1. A prática da auto-sugestão não dispensa o tratamento médico, mas
é um precioso auxílio tanto para o doente como para o médico.
2. Diariamente, recebo cartas de pessoas que, extensamente, me explicam
todos os sintomas dos seus sofrimentos e me perguntam o que devem fazer.
Essas cartas são inúteis.
O meu método sendo geral e, por conseguinte, referindo-se a tudo, não tenho conselhos especiais a dar, quaisquer que sejam os
casos.
A única coisa a fazer é, observando, cuidadosamente, o tratamento prescrito
pelo médico, seguir, de maneira exata, os conselhos que dou. Se forem bem
seguidos, isto é, evitando-se todo o esforço, obter-se-á tudo o que for
humanamente possível obter. Devo acrescentar que, muitas vezes, ignoro até onde vão os limites
da possibilidade.
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3 comentários:
Está frase deve ser repetida várias vezes diariamente,lentamente, de olhos fechados, em estado de relaxamento, quase dormindo:"Todos os dias, em todos os aspectos, melhoro sempre....sempre...sempre sempre..."
Interessante, obrigado!
Gostei,
Muito espirador vale muito a pena enverti alguns minutos da vida Para meditar sobre essas palavras.
Grato.
Att.
Jose Reinaldo
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