A lei do Triunfo – Napoleon Hill
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Uma seleção das melhores frases feita por Tom R. especialmente para o blog MAIS DE MIL FRASES DE EFEITO.
Se reproduzir este texto em algum outro veículo de comunicação, preserve os créditos acima.
Pessoas de todas as classes sociais foram ouvidas por
Napoleon Hill 16.000 pessoas:- comerciantes, donas de casa, advogados,
bancários, engenheiros, comerciários, médicos, corretores, operários,
professores, fazendeiros, ferroviário - gente de todas as profissões foi por
ele ouvida o analisada. E todos os fatos importantes reunidos nessas análises
foram cuidadosamente organizados pelo autor e divulgados nA Lei do Triunfo. E
antes de serem dados à publicidade, foram os manuscritos submetidos a
banqueiros, comerciantes e professores universitários norte-americanos, por
conseguinte homens capazes de, pelo seu espírito eminentemente prático e grau
de cultura, analisá-los e criticá-los. Duas importantes universidades
examinaram-nos atentamente com a finalidade de corrigir ou eliminar as
declarações que parecessem sem base, do ponto de vista econômico. Nem uma única
modificação foi proposta.
Todas as grandes estradas de ferro, todas as grandes
instituições financeiras, todos os empreendimentos comerciais de vulto e todas
as grandes invenções tiveram início na imaginação de alguém.
Qualquer pessoa, esteja onde estiver, seja qual for a
sua ocupação, encontrará sempre uma oportunidade para ser mais útil, e portanto
mais produtiva, se desenvolver a sua imaginação e fizer uso dela.
Ser bem sucedido no mundo é sempre uma questão de
esforço pessoal. Todavia, é um engano acreditar alguém que pode vencer sem a
cooperação de outros.
O triunfo é uma questão de esforço individual, mas
somente quanto a decidirmos por nós mesmos o que é que desejamos. Isso implica
no emprego da imaginação. Daí por diante, para triunfar, trata-se de induzir os
outros à cooperação, de maneira hábil e inteligente.
Na sua conferência sobre “Acres of Diamonds”, Russel
Conwell diz-nos que não é preciso procurar muito longe a oportunidade; que
podemos encontrá-la justamente no lugar onde nos encontramos. TRATA-SE DE UMA
GRANDE VERDADE, QUE NÃO SE DEVE ESQUECER!
Exaltando os méritos da “Lei do Triunfo”, o juiz
Elbert H. Gary declarou: “Há nessa filosofia duas características que me
impressionaram vivamente: uma é a simplicidade com que a mesma foi apresentada,
e a outra é o fato de que a sua verdade é tão evidente, a ponto de torná-la
imediatamente aceita por todos.”
Os homens e mulheres que alcançaram maiores sucessos
na vida tiveram que corrigir certos pontos fracos na sua personalidade, antes
de trilhar a estrada do triunfo. As mais destacadas dentre as fraquezas que se
interpelem entre as pessoas e o triunfo são: a cupidez, a violência, inveja, a
desconfiança, o espírito de vingança, o egoísmo, a tendência para colher onde
não se semeou e o hábito de gastar mais do que se ganha.
O curso da “Lei do Triunfo” foi primeiramente
difundido na forma de conferências pronunciadas pelo autor, praticamente, em
todas as cidades e em muitas das menores localidades dos Estados Unidos,
durante mais de sete anos.
É a personalidade dos empregados que determina o grau
de sucesso que o negócio irá alcançar. Modifiquemos essa personalidade tornando-a
mais agradável, o os negócios florescerão.
Em qualquer das grandes cidades dos Estados Unidos é
possível comprar artigos do mesmo gênero, pelos mesmos preços, em dezenas de
estabelecimentos; entretanto, sempre se encontrará uma loja que faz mais negócios
do que as outras. A razão disso é que à frente desse estabelecimento há um
homem ou homens que cuidam seriamente da personalidade dos seus empregados que
vão entrar em contacto com o público. O público tanto compra personalidades
como mercadorias, e pode-se até mesmo perguntar se o povo não de deixa
impressionar mais pela personalidade do vendedor do que pelos artigos que
compra.
Pode-se afirmar que o átomo é a partícula universal
com que a Natureza constrói todas as formas da matéria, desde o grão de areia
até a maior das estrelas que cintilam no espaço. O átomo é o material de
construção da Natureza com o qual ela faz erguer um carvalho ou um pinheiro,
uma rocha de pedra e areia ou de granito, um rato ou um elefante.
Podemos condescender em algumas especulações baseadas
no que conhecemos sobre as ondas do telégrafo sem fio, que são, como já tivemos
ocasião de dizer, tudo o que podemos reconhecer de uma vasta série de vibrações
que, teoricamente, devem existir. Se as ondas do pensamento são iguais às ondas
do rádio, elas devem passar do cérebro e fluir infinitamente, em torno do mundo
e do universo. O corpo, o crânio e outros obstáculos sólidos não constituiriam
embaraços à sua passagem; pois elas passam através do éter que rodeia as
moléculas de todas as substâncias, por sólidas ou densas que sejam.
Muitas descobertas científicas recentes, na minha
opinião, anunciam o dia não distante, talvez, em que os homens lerão os
pensamentos uns dos outros, em que os pensamentos serão enviados diretamente de
cérebro a cérebro, sem intervenção da palavra, da escrita ou de qualquer dos
atuais meios de comunicação.
Não será desarrazoado antever uma época em que
veremos sem olhos, ouviremos sem ouvidos e falaremos sem língua.
Em suma, a hipótese de que um espírito pode
comunicar-se diretamente com outro, se apóia na teoria segundo a qual o
pensamento, ou força vital, é uma forma de perturbação elétrica, que pode ser
captada por indução e transmitida à distância, através de um fio ou,
simplesmente, através do éter, como no caso das ondas do telégrafo sem fios.
CADA CÉREBRO É AO MESMO TEMPO UMA ESTAÇÃO
TRANSMISSORA E RECEPTORA: Temos provado inúmeras vezes, para a nossa própria
satisfação pelo menos, que todo cérebro humano é ao mesmo tempo uma estação
transmissora e receptara para as vibrações da freqüência do pensamento.
Que meio de condução existiria para tais visitantes,
a não ser o éter, que enche o espaço sem limites do universo? É ele o meio de
condução para todas as formas de vibração que conhecemos, tais como o som, a
luz e o calor. Por que motivo não seria também o meio de transmitir a vibração
do pensamento?
Cada espírito, ou cérebro, está diretamente ligado a
outros espíritos, por meio do éter. Cada pensamento emitido por um cérebro é
imediatamente apanhado e interpretado por todos os cérebros que estão em
contato com o cérebro transmissor.
A descoberta mais extraordinária feita pelo homem foi
a do princípio do rádio, que opera com o auxílio do éter, essa parte
importante da Bíblia da natureza.
Imaginemos o éter recolhendo a vibração ordinária do
som, e transformando-a de audiofreqüência em rodiofreqüência e conduzindo-a
para uma estação receptara sintonizada, e fazendo-a voltar à sua primeira forma
de audiofreqüência, tudo isso em um segundo apenas. Não é pois de surpreender
que uma tal força possa colher a vibração do pensamento, e conservar essa
vibração em movimento contínuo.
O fato já estabelecido e muito conhecido da
transmissão instantânea do som, através do éter, por meio dos modernos
aparelhos de rádio, faz passar, do possível para o provável, a teoria da
transmissão do pensamento de um cérebro para outro.
A QUÍMlCA MENTAL: Acreditamos que a mente é formada
pelo mesmo fluido universal, a mesma energia que constitui o éter que enche o
universo. :É fato já bem conhecido tanto dos leigos como dos homens que se
dedicam às investigações científicas, que certas mentes se chocam, quando
entram em contato com outras, ao passo que algumas mostram uma grande afinidade
entre si. Entre os dois extremos do antagonismo e da afinidade naturais,
nascendo do contato mental, há uma grande possibilidade para as várias reações
de um cérebro a outro.
Há casos em que um espírito se adapta tão bem a outro
que o “amor à primeira vista” é o resultado inevitável do contato. Haverá quem
não tenha tido uma experiência assim? Em outros casos, há um tal antagonismo,
que o aborrecimento mútuo se mostra claramente logo ao primeiro encontro. Isso
acontece sem que as pessoas em questão tenham trocado uma só palavra e sem
qualquer indício das causas que habitualmente agem como estímulo para o amor e
o ódio.
Sabe-se, em todo o mundo civilizado, que os dois ou
três primeiros anos de vida em comum, no casamento, são sempre marcados por
muitos desentendimentos de natureza mais ou menos mesquinha. São os anos de
“ajustamento”. Se o casamento resistir a esses desentendimentos, tem todas as
probabilidades de se tornar uma aliança permanente. Isso é fato reconhecido por
todos os- casados. Mais uma vez, vemos o “efeito”, sem compreender a causal .
É fato bem conhecido de todos que depois de viverem
juntos alguns anos, um homem e uma mulher se tornam indispensáveis um ao outro,
mesmo quando não existe entre os dois o mais leve resquício desse estado de
espírito chamado amor. Além disso, essa associação e as relações sexuais não
somente desenvolvem uma afinidade natural entre os dois espíritos, como também
levam até mesmo os dois indivíduos a adquirirem uma expressão semelhante de
feições e a se parecerem em muitas outras coisas. Um analista competente, que
penetre num grupo de estranhos onde se encontrem casais, sendo apresentado a um
dos homens presentes, pode facilmente apontar a esposa deste. A expressão dos
olhos, as linhas do rosto e o tom da voz dos dois cônjuges, tudo isso se torna
bem semelhante, depois de muitos anos de casamento.
Todos os chefes realmente grandes foram providos pela
natureza de uma combinação de química mental favorável, como um núcleo de
atração para outros espíritos. Napoleão foi um exemplo notável de homem dotado
de uma espécie de espírito magnético, com uma tendência decidida para atrair
todos os espíritos com os quais entrava em contato. Os seus soldados o seguiam,
certos de que se encaminhavam para a morte, sem vacilar, isso devido à natureza
da sua personalidade, que impelia ou atraía, o essa personalidade nada mais era
do que a sua química mental.
Quando se encontra nesse estado de esgotamento, o
cérebro humano precisa ser restaurado, e isso se faz através do contato com um
espírito, ou espíritos mais vitalizados. Os grandes líderes reconhecem a
necessidade desse processo de “recarregar” e, ainda mais, sabem como conseguir
tal resultado.
É uma felicidade saber conservar o cérebro vitalizado
por meio de contatos periódicos com espíritos mais vigorosos. O contato sexual
é um dos mais eficientes estímulos nesse processo de revitalização do cérebro,
contanto que seja realizado de maneira inteligente, entre um homem e uma mulher
que sintam uma afeição real um pelo outro. Qualquer outra espécie de relação
sexual tem uma característica desvitalizadora mental.
Antes de passarmos dessa breve referência sobre o
contato sexual como um meio de revitalizar um cérebro esgotado, parece oportuno
chamar a atenção para o fato de todos os grandes líderes, em todos os setores
da vida em que tenham surgido, terem sido e serem pessoas de natureza altamente
sexual.
Entre os médicos mais bem informados e outros
profissionais empenhados na defesa da saúde, há uma crescente tendência para
aceitar a teoria de que todas as doenças começam quando o cérebro do indivíduo'
se encontra em estado de esgotamento. Por outras palavras, é fato bem conhecido
que quem possui um cérebro inteiramente são e vitalizado, está praticamente
imunizado contra todas as formas de doença.
Todo médico inteligente sabe que a “natureza” ou a
mente curam doenças todas as vezes que a cura é possível. Os remédios, a fé, os
passes, a quiropatia, a osteopatia e todos esses estimulantes, nada mais são do
que artifícios para auxiliar a natureza, ou falando mais propriamente, simples
meios de pôr em ação a química mental com o fim de reajustar as células e
tecidos do corpo, de revitalizar o cérebro e fazer assim com que a máquina
humana funcione normalmente.
Edison era, como todos sabem, um filósofo, um
cientista e inventor.
(...) Foi ele quem conseguiu juntar uma ponta de
agulha e uma peça de cera, de tal modo, que a vibração da voz humana pôde ser
gravada e reproduzida nas modernas vitrolas.
(Do mesmo modo que conseguiu gravar e reproduzir a
voz humana em discos, Edison talvez ainda realizasse a captação e interpretação
corretas das vibrações do pensamento que palpitam no éter do universo.)
Foi ele quem primeiro dominou a centelha,
transformando-a em luz para o uso do homem, por meio da lâmpada elétrica.
Foi Edison quem deu ao mundo o cinema. Esses são
apenas alguns dos seus feitos notáveis, “milagres” modernos que realizou, não
por meio de truques, sob qualquer pretenso poder sobre-humano, mas sim no meio
da luz clara da ciência. Esses “milagres” ultrapassam a todos os narrados nos
livros da ficção.
Já se sugeriu que Jesus Cristo descobriu a maneira de
empregar o princípio da química mental, e que os seus milagres nasceram do
poder que ele desenvolveu através da fusão dos espíritos dos seus doze
apóstolos. Acentuou-se que, quando um dos discípulos (Judas lscariote) traiu o
mestre, a associação mental desintegrou-se imediatamente, e Jesus enfrentou a
catástrofe suprema da sua vida.
Não há orador que não tenha sentido a influência da
química mental, pois é fato bem conhecido que num auditório, logo que os
espíritos entram en rapport, há um
aumento de entusiasmo na mente do orador, que muitas vezes se dá a arroubos de
oratória que causam surpresa a ele próprio.
Os fenômenos de aparência sobrenatural que ocorrem
nas reuniões espíritas são o resultado da reação que os espíritos dos
assistentes produzem uns sobre os outros. Esses fenômenos se verificam depois
de dez ou vinte minutos, pelo simples motivo de que esse é o tempo exigido
pelas mentes para se tornarem fundidas, associadas ou harmonizadas.
As “mensagens” recebidas pelos membros das reuniões
espíritas emanam provavelmente de duas fontes, a saber:
Dos vastos reservatórios do subconsciente de qualquer
dos membros do grupo, ou do reservatório universal do éter, nos quais, é mais
do que provável, toda vibração do pensamento é conservada.
Como é sabido, qualquer indivíduo pode explorar as
reservas de conhecimentos do espírito de outra pessoa mediante o princípio da
química mental, e parece razoável supor que essa força pode ser estendida e
entrar em contato com quaisquer vibrações que se encontrem no éter.
A teoria segundo a qual todas as vibrações superiores
e mais refinadas, como as que nascem do pensamento, são conservadas no éter,
origina-se do fato bem conhecido de que nem a matéria, nem a energia (os dois
elementos conhecidos do universo) podem ser criadas ou destruídas. É razoável
supor que todas as vibrações transmitidas de maneira a poderem ser captadas e
absorvidas no éter, prosseguirão eternamente. As vibrações mais baixas, que não
se misturam ou que não entram em contato com o éter, têm provavelmente uma vida
natural, e morrem.
Todos os chamados gênios provavelmente adquiriram sua
reputação porque, por mera chance ou de outra maneira, formaram alianças com
outros espíritos que lhes facilitaram emitir suas próprias vibrações mentais
para um ponto onde pudessem entrar em contato com o grande templo do
Conhecimento, registrado no éter do universo. Todos os grandes gênios, tanto
quanto é possível deduzir dos fatos colhidos, eram pessoas de elevada
sexualidade. O fato de ser o contato sexual o maior estimulante conhecido, vem
em apoio da teoria aqui apresentada.
Todas as formas de energia e todas as espécies de
vida animal ou vegetal, para sobreviverem, precisam ser organizadas. Os fósseis
dos imensos animais pré-históricos apresentam evidências positivas de que
não-organização significa aniquilamento.
O triunfo na vida, ou o que quer que chamemos de
triunfo, é sobretudo uma questão de adaptação ao ambiente, de maneira tal que
haja harmonia entre o ambiente e o indivíduo. O palácio de um rei se torna uma
choça de camponês quando não existe harmonia entre as suas paredes.
Inversamente, a choça de um camponês pode proporcionar mais felicidade do que a
mansão de um rico, se a harmonia reinar na primeira e faltar na segunda.
Se o leitor julgar que exageramos a importância da
harmonia, lembre-se de que a falta dela é o primeiro, e muitas vezes o único
motivo de fracasso.
Não pode haver música, nem poesia, nem eloqüência
dignas de louvor, sem a presença da harmonia.
A boa arquitetura é sobretudo uma questão de
harmonia. Sem harmonia, uma casa nada mais é que uma massa de material de
construção, mais ou menos monstruosa.
A direção eficiente dos negócios alicerça-se na
existência da harmonia.
Toda pessoa bem vestida, homem ou mulher, é um
exemplo de harmonia.
A Natureza odeia a preguiça em todas as suas formas.
Dá vida contínua apenas aos elementos que estão em atividade. Amarre-se um
braço ou outra parte do corpo tornando-o inativo, e dentro em pouco, a parte
imobilizada se tornará atrofiada, ficando sem vida. Ao contrário, faça-se de um
dos braços um uso maior do que o habitual, como acontece no caso do ferreiro
que maneja um pesado martelo o dia inteiro, e esse braço se tornará mais
vigoroso, mais forte e muito mais musculoso.
O homem que sabe fazer um uso
inteligente dos conhecimentos dos outros é mais educado do que aquele que,
tendo conhecimentos, não sabe como empregá-los.
É fato bem sabido que o elemento masculino das
espécies é mais ativo e mais alerta para “a caça”, qualquer que seja o objeto
desta, quando inspirado e solicitado pelo elemento feminino.
Esta característica humana começa a manifestar-se no
macho já na puberdade, e continua por toda a vida. Pode-se observar isso
principalmente nos esportes, quando os rapazes estão jogando diante de uma
assistência feminina.
Retirem-se as moças, e essa “coqueluche” que nos
Estado Unidos se chama de futebol tornar-se-á um jogo sem importância. Qualquer
rapaz se lançará no jogo com esforços sobre-humanos, sabendo que a sua amada
está ali, para “torcer”.
É igualmente certo que os rapazes se lançarão em
busca da fortuna, com o mesmo entusiasmo, quando inspirados e solicitados pela
mulher querida.
Por outro lado, a mesma mulher pode, por meio de uma
aplicação negativa dessa lei - quando é impertinente, ciumenta, egoísta,
violenta e vaidosa -, arrastar o rapaz a uma derrota certa!
A estrada para o triunfo pode estar, como geralmente
acontece, obstruída por muitas influências que precisam ser removidas, antes de
que o alvo possa ser alcançado. Um dos maiores dentre esses obstáculos é uma
aliança infeliz entre mentes que não se harmonizam. Em tais casos, a aliança
deve ser rompida, pois do contrário terminará numa derrota, num fracasso
completo.
É infinitamente melhor enfrentar a crítica do que se
deixar levar ao fracasso, conservando uma aliança desarmoniosa, seja ela
comercial ou social.
Usando de toda a franqueza, estamos aqui justificando
o divórcio, quando as condições do matrimônio são tais que a harmonia se torna
impossível. Não quer isso dizer, porém, que a falta de harmonia não possa ser
removida por outros meios que não o divórcio; contam-se muitos exemplos em que
a paz pôde ser restabelecida com o desaparecimento do antagonismo, sem
necessidade de se recorrer à medida extrema da quebra dos laços conjugais, pelo
divórcio.
Conquanto seja verdade que algumas mentes não se
fundirão num espírito de harmonia, e não podem ser forçadas ou induzidas a tal
coisa, devido à química natural dos cérebros, individualmente nunca devemos
estar muito prontos para culpar a outra parte, lançando-lhe toda a
responsabilidade pela falta de harmonia. Lembremo-nos de que a perturbação pode
estar no nosso próprio cérebro.
Lembremo-nos também de que uma mente que não se pode
harmonizar com uma pessoa ou algumas pessoas pode harmonizar-se perfeitamente
com outros tipos de mentes. A descoberta dessa verdade deu em resultado
mudanças radicais, nos métodos dos empregadores para com os empregados; há
pouco tempo, era coisa comum um chefe despedir um empregado apenas porque este
não atendia perfeitamente às necessidades do cargo que lhe era confiado. Hoje,
o patrão inteligente procura estudar os seus auxiliares. Um que fracassa aqui
poderá ser de grande utilidade ali. Contam-se casos de fracassos transformados
em êxito completo.
Um inimigo descoberto é inimigo meio vencido.
Este curso foi organizado como um estimulante mental
que levará o leitor a organizar e dirigir, para um fim definido, todas as suas
forças mentais, aparelhando assim o estupendo poder que a maioria das pessoas
desperdiça em idéias vagas, absurdas e sem objetivo.
A unidade de propósito é essencial para o triunfo,
seja qual for a idéia que se fizer sobre a definição do termo “triunfo”.
Entretanto, essa unidade de propósito pode, como geralmente acontece, exigir
que o pensamento se estenda sobre vários assuntos relacionados com ela.
Se não procura novas idéias, o espírito se torna
acanhado, estagnado, estreito e fechado. O fazendeiro deve visitar a cidade
freqüentemente, andar entre fisionomias estranhas e altos edifícios. Voltará à
sua fazenda com o espírito rejuvenescido, com mais coragem e um entusiasmo
maior.
O homem da cidade, sempre que seja possível, deve
fazer uma viagem ao campo e banhar o espírito com novos aspectos, diferentes do
que o rodeiam na labuta diária.
Todos necessitam de uma mudança de ambiente mental,
em períodos regulares, da mesma maneira que é essencial a variedade na
alimentação.
O espírito se torna mais alerta, mais elástico e mais
pronto para trabalhar com rapidez e eficiência, depois de ter sido banhado com
novas idéias, fora do campo das nossas atividades quotidianas.
Não devemos ter medo das novas idéias! Elas podem
significar a diferença entre o triunfo e o fracasso.
Um outro fato importante revelado por essas análises
foi que noventa e cinco por cento dos que são classificados como fracassos se
ocupavam em trabalhos que não eram do seu agrado, ao passo que os restantes
cinco por cento de elementos apontados como "triunfadores” trabalhavam no
que mais lhes agradava. É de duvidar que uma pessoa se torne um fracasso,
quando empenhada num trabalho que lhe interessa realmente. Outro fator vital
mostrado por essas análises foi que os cinco por cento de pessoas que
triunfaram tinham o hábito sistemático de economizar dinheiro, enquanto que os
noventa o cinco por cento que fracassaram não economizavam nada. Vale a pena
refletir sobre o fato.
Qualquer objetivo principal definido deliberadamente
fixado na mente e nela conservado, tendo-se a determinação de realizá-lo, acaba
por saturar todo o subconsciente até influenciar automaticamente a ação física
do corpo, para a consecução do referido propósito.
Assim, o objetivo principal na vida deve ser
escolhido com um grande cuidado e, depois de escolhido, deverá ser escrito e
colocado num lugar onde se possa vê-lo pelo menos uma vez por dia. Isso tem por
efeito psicológico impressionar o subconsciente da pessoa de tal maneira que
ela aceita esse propósito como um lema, um projeto, uma "planta” que
finalmente dominará as suas atividades na vida e a guiará, passo a passo, para
a consecução desse objetivo.
Na esquina da rua que avistamos da sala onde
escrevemos há um homem que permanece todos os dias no mesmo local, vendendo
amendoim torrado. Está sempre ocupado. Quando não está atendendo os fregueses,
se ocupa em torrar e empacotar os amendoins. Trata-se de um dos noventa e cinco
por cento de pessoas que não possuem um objetivo definido na vida. Está
vendendo amendoim torrado não porque ache que esse trabalho é melhor que outro
qualquer que pudesse fazer, mas porque nunca se deu ao trabalho de pensar sobre
um propósito definido, que lhe poderia trazer maiores lucros. Vende amendoim
torrado porque voga ao sabor da corrente da vida e a sua tragédia é que, a
mesma soma de esforços que emprega nesse negócio, se fosse dirigida em
outro sentido, dar-lhe-ia lucros muito maiores.
Relacionada com o trabalho desse homem há ainda outra
tragédia: o fato de que ele faz uso do princípio de auto-sugestão, mas o
emprega com desvantagem para si próprio. Não há dúvida de que se fosse possível
fotografar os seus pensamentos, nada haveria nesse retrato senão um torrador de
amendoim, alguns saquinhos de papel e uma multidão comprando amendoim torrado.
Esse homem poderia abandonar tal negócio, se tivesse visão e ambição, primeiro
para imaginar-se exercendo um emprego mais lucrativo, e, em seguida, a
perseverança para manter tal quadro diante do espírito até influenciá-lo a dar
os passos necessários para entrar num negócio mais vantajoso. Põe nesse trabalho
um esforço que seria suficiente para lhe dar um lucro substancial, se esse
esforço fosse dirigido no sentido de algum objetivo principal definido que lhe
proporcionaria maiores rendimentos.
O subconsciente pode ser comparado a um magneto e
quando está vitalizado e inteiramente saturado com qualquer propósito definido,
tem uma tendência decidida para atrair tudo o que é necessário para a
realização desse propósito. As coisas semelhantes se atraem e pode-se ter a
prova dessa lei em cada fio de grama, em cada árvore em crescimento. A bolota
do carvalho, lançada ao solo, tira dele e do ar o material necessário para
transformar-se numa árvore frondosa. Não há árvore que seja metade carvalho e
metade cedro. Todo grão de trigo semeado tira do solo e do ar os materiais
necessários para fazer crescer uma haste de trigo.
Os homens estão sujeitos à mesma lei da atração. Se
formos a qualquer casa de pensão modesta da cidade em que habitamos, aí veremos
associados indivíduos de iguais tendências. Por outro lado, se visitarmos meios
mais prósperos, encontraremos sempre associados aqueles que têm inclinações
idênticas. Os homens que triunfam na vida procuram a companhia de outros que
também triunfaram, enquanto que aqueles que estão em dificuldades, procuram
sempre companheiros na mesma situação. Diz o adágio: “Mal de muitos, consolo é”.
Atrairemos a nós inevitavelmente as pessoas que se
harmonizam com a nossa própria filosofia da vida. Sendo isso verdadeiro,
ninguém pode deixar de reconhecer o que há em vitalizarmos a nossa mente com um
objetivo principal definido, que atrairá para nós pessoas que serão de grande
valor para as nossas realizações, e nunca um obstáculo.
Todos os grandes líderes baseiam sua liderança num
objetivo principal definido. Seguidores se sentem bem sendo seguidores quando
notam que o seu líder é uma pessoa que tem um objetivo definido, que tem a
coragem de apoiar esse propósito com ação. Mesmo um cavalo teimoso sabe que
condutor está manejando as suas rédeas; e se rende ao cavaleiro. Quando um homem
com um objetivo definido atravessa uma multidão, todos lhe abrem caminho, mas
quando um homem hesita e mostra por suas ações, que não está muito certo da
trilha que quer seguir, a multidão se recusará a atender e não cederá uma
polegada de terreno.
Se um navio perde o leme no meio do oceano e começa a
girar em torno de si mesmo, gastará todo o combustível sem chegar ao seu
destino, apesar de gastar energia suficiente para atingi-lo e dele voltar
várias vezes.
O homem que trabalha sem um propósito definido, que
não é apoiado por um plano definitivo para sua execução, se assemelha ao navio
que perdeu o leme.
Toda casa bem construída teve a sua origem num
propósito definido e, ainda mais, num plano definido, na forma de uma série de
plantas. Imaginemos o que aconteceria se alguém tentasse construir um prédio ao
acaso, sem um plano. Os operários se atrapalhariam uns aos outros, o material
de construção seria empilhado sobre o lote de terreno, antes de construímos os alicerces e todo o pessoal empregado teria uma noção diversa de como a casa
devia ser construída. O resultado seria um verdadeiro caos e mal-entendidos de
toda sorte. Além disso, o custo da obra se tornaria verdadeiramente
exorbitante.
Enquanto não escolhe um propósito definido na vida, o
homem dissipa energias e dispersa pensamentos sobre diversos assuntos e em
variadas direções, que não conduzem ao poder, mas à indecisão e à fraqueza.
Com a ajuda de uma pequena lente podemos aprender uma
grande lição sobre o valor do esforço organizado. Com a lente podemos focalizar
os raios do sol sobre um ponto definido, de maneira tão forte que o seu calor
poderá abrir um buraco numa tábua; sem a lente (que representa o propósito
definido) os mesmos raios de sol podem incidir sobre a mesma tábua durante um
milhão de anos sem a queimar.
Uma cuidadosa observação sobre a filosofia prática de
mais de cem homens e mulheres que alcançaram grande êxito na vida, nas suas
respectivas atividades, mostrou o fato de que se tratava sempre de pessoas de
pronta decisão.
O hábito de trabalhar com um objetivo principal
definido criará o hábito da pronta decisão, que será de um grande auxílio para
o leitor em tudo o que empreender.
Desde o momento em que estabelecer no seu pensamento
um propósito definido, sua mente começa tanto conscientemente como
inconscientemente a reunir e armazenar o material com e alcançará o seu
propósito.
A ciência estabeleceu, sem deixar margem para dúvida,
que por meio do princípio da auto-sugestão qualquer desejo profundamente
amadurecido satura inteiramente o corpo e o espírito, que transforma num
poderoso magneto, o qual atrairá o objeto do desejo, se estiver dentro dos
limites da razão.
A Natureza não pode ser defraudada ou enganada. Ela
nos dará o objeto pelo qual lutamos, mas só depois de havermos pago o seu preço
com um esforço contínuo, persistente, obstinado!
Uma das principais desvantagens da riqueza herdada é o fato de sempre
produzir a
inatividade e a perda de autoconfiança.
Nem todos os filhos de homens ricos se tornam tão infelizes, mas, seja
como for,
permanece o fato de que a inatividade sempre conduz à atrofia e essa,
por sua vez, gera a falta de ambição e de confiança em si mesmo. Sem essas
qualidades essenciais, um homem será carregado durante toda a vida nas asas da
incerteza da mesma maneira que uma folha seca é levada ao sabor dos ventos
contrários.
Longe de ser uma desvantagem, a luta pela vida é uma vantagem decisiva,
pois serve para desenvolver todas as qualidades que se acham adormecidas no
indivíduo e que sem ela jamais despertariam. Muitos homens só encontraram o seu
lugar no mundo porque tiveram de lutar pela vida.
Os outros só acreditam em nós quando vêem que temos autoconfiança. Então
se
adaptam aos nossos pensamentos e nos julgarão da maneira que nos
julgamos. A lei da telepatia se encarregará disso. Falamos constantemente
“irradiando” o que pensamos de nós mesmos, e, se não tivermos antoconfiança, os
outros captarão as vibrações dos nossos pensamentos.
Em dezenas de milhares de lares, o tópico geral da conversa é a pobreza,
e por isso, a maioria desses lares não obtém mais do que isso. Pensam em
pobreza, e aceitam a pobreza como o seu quinhão na vida.
Um homem escravizado pelas dívidas não encontra tempo nem gosto para
formar
um ideal, implanta limitações no seu próprio espírito, condena-se a
viver agrilhoado ao medo e à dúvida, aos quais nunca escapa.
Para evitar a infelicidade das dívidas, é pouco todo sacrifício que se
faça.
Há duas classes de dívidas, e tão diferentes em natureza, que merecem
ser descritas aqui.
1. As dividas decorrentes de coisas supérfluas, e que se tornam um peso
morto.
2. As dívidas feitas no decorrer de uma transação comercial ou
profissional, que
representam mercadorias ou trabalho, e que podem ser convertidas em
ativo.
A primeira classe de dívidas é a que deve ser evitada de toda maneira. A
segunda pode ser tolerada, uma vez que o devedor seja prudente e não se permita
ir além de limites razoáveis.
Nunca é demais repetir, pois, que o começo de todas as fortunas, grandes
ou
pequenas, está na formação do hábito da economia.
Os modernos aparelhos de rádio vieram demonstrar que os elementos do
éter são tão sensíveis e vivos que todas as espécies de ondas sonoras estão
constantemente correndo no espaço com a velocidade de relâmpagos. Basta
compreender o rádio moderno para compreender também o princípio da telepatia.
Tão bem estabelecido foi esse princípio, por meio das pesquisas psicológicas,
que possuímos fartas provas de que duas mentes que se acham adequadamente
sintonizadas e em harmonia podem enviar e receber pensamentos a longas
distâncias, sem o auxilio de qualquer instrumento mecânico. Raramente acontece
que duas mentes se harmonizem tão bem, a ponto de registrar, dessa maneira,
correntes ininterruptas de pensamentos, mas há evidências suficientes para
estabelecer o fato de que já têm sido captadas partes do pensamento organizado.
O princípio da telepatia e a lei da atração explicam muitos fracassos.
Se a mente tem tendência para atrair do éter as vibrações de pensamento que se
harmonizam com os pensamentos dominantes de outra mente, podemos facilmente
compreender por que razão uma mente negativa, que mergulha no fracasso e não
possui a força vitalizadora e a confiança em si mesma, deixa de atrair uma
mente positiva dominada por idéias de triunfo.
Muitas vezes temos ouvido falar em “psicologia da multidão”, que nada
mais é que
unia idéia forte e dominadora criada, na mente de uma ou mais pessoas,
por meio do princípio da telepatia. Tão forte é o poder da “psicologia da
multidão” que dois homens lutando no meio da rua muitas vezes provocam o início
de uma contenda entre os assistentes, sem que os mesmos saibam sequer por que
ou com quem estão lutando.
Todas as missões difíceis são realizadas facilmente, quando nos aproximamos
delas pelo ângulo certo.
Lembre-se o leitor do que foi dito sobre a Lei da Atração. Se olharmos
apenas para
os fracassos não atrairemos senão fracassos.
As adversidades e as derrotas temporárias são em geral “males que vêm
para bem”,
pois forçam o indivíduo a fazer uso da imaginação e decisão. É por isso
que um homem sempre luta com mais ardor quando sabe que tem atrás de si uma
parede, e que não há caminho para uma retirada. Chega logo à decisão de lutar,
em vez de fugir.
A imaginação nunca é tão ativa como quando o indivíduo se encontra
diante de
alguma emergência que exige pronta decisão e ação definitiva.
É fato bem conhecido que a única maneira de fazer com que um jovem mimado
venha a tornar-se uma pessoa útil é obrigá-lo a se manter por si
próprio. Isso o força a empregar tanto a imaginação como a decisão, o que ele
nunca faria se não tivesse
necessidade.
A aparência de prosperidade não somente causa uma impressão favorável
àqueles a quem se precisa pedir favores, como também tem um efeito sobre a
própria pessoa.
A economia divina é automática, e muito simples: “recebemos apenas o que
damos.”
Como isso é verdadeiro! “Recebemos apenas o que damos !” O que nos vem
às
mãos não é o que desejamos, e sim o que damos.
O subconsciente possui uma característica notável para a qual quero
agora chamar a atenção do leitor: grava as sugestões que lhe enviamos
através da auto-sugestão e invoca o auxílio da inteligência infinita para
tradução destas sugestões na sua forma física (por meios naturais), meios que
não são de maneira alguma fora do comum.
Estou convencido de que o fracasso é o plano por meio do qual a natureza
experimenta os predestinados e os prepara para o seu trabalho.
Estudando os grandes homens, desde Sócrates e Jesus Cristo até as
grandes figuras dos nossos dias, tenho encontrado provas em apoio dessa teoria.
O triunfo de cada homem parece ser quase na exata proporção dos obstáculos e
dificuldades que ele tem de vencer.
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