O CAMINHO DO MAGO - Deepak
Chopra
Uma seleção das melhores
frases escolhidas especialmente por Tom R. para o blog MAIS DE MIL FRASES DE
EFEITO.
Se reproduzir este texto
abaixo em algum outro veículo de comunicação, preserve o texto acima:
Se essas palavras o
fazem vibrar levemente, lhe dão um arrepio
de reconhecimento, elas
cumpriram seu propósito.
Os magos tinham
consciência de algo profundo e importante — se você quiser mudar o mundo, mude sua
atitude diante dele.
— O que eu sei está no
ar — ele gostava de dizer. — Respire e o
conhecimento estará
presente.
Depois compreendi que
cada coisa viva é todo o universo, apenas vestida num disfarce diferente.
—Um dia você perceberá
que todo o universo pode ser encontrado
dentro de você, e nesse
dia você será um mago. O mago não vive no
mundo; o mundo vive
nele.
— Não passe o tempo
refletindo sobre o que você vê — aconselhou
Merlim a Artur — e sim
sobre por que você o vê.
Sem silêncio, não
existe espaço para o mago. Sem silêncio, não
pode haver uma
verdadeira apreciação da vida, cuja estrutura
interior é tão delicada
quanto um botão de rosa.
Todos os debates são
gerados pelo pensamento, e o mago não pensa. Ele vê. E essa é a chave para o
milagroso, pois tudo que você puder ver em seu mundo interior você produzirá no
mundo exterior.
É seu olho que confere
vida a tudo que vê. Por trás de cada molécula
de existência precisa
haver consciência e inteligência; caso
contrário, o universo
seria um turbilhão aleatório de gases inertes e
estrelas sem vida, um
vazio que anseia por receber a semente da
existência. Sem
inteligência, não há vida, apenas atividade. Cada
olhar que você dá pela
janela coloca a semente da vida no estado de
criação.
A mão que vira esta
página é uma nuvem de energia, e a única maneira pela qual você é capaz de
sentir sua mão ou pela qual ela pode sentir a página é através de um ato de consciência.
O que nos limita em
primeiro e último lugar na vida mortal são os
nomes, os rótulos e as
definições. Ter um nome é útil — ele permite que
você saiba que certidão
de nascimento é a sua — mas ele rapidamente se
transforma numa
limitação. Seu nome é um rótulo. Ele o define como
tendo nascido num
determinado lugar e hora, filho de pais específicos.
Passados alguns anos,
seu nome o define como alguém que frequenta
tal escola, e depois
que tem tal profissão. Aos trinta anos, sua
identidade está
enclausurada numa caixa de palavras. As paredes da
caixa podem consistir
no seguinte: "Católico, advogado fiscal, formado
por Cornell, casado,
três filhos e uma hipoteca." Esses fatos podem não
estar errados, mas são
enganadores. Eles encerram em condições um
espírito
incondicionado.
Muitas dessas
limitações parecem pertencer a você quando na
verdade pertencem ao
seu corpo, e você é bem mais do que seu corpo.
Merlim não conseguia
entender por que os mortais queriam se
agarrar ao corpo.
— Aceito dizer que este
pacote de carne e osso seja "eu" —
disse ele —, mas
somente se aquela montanha, aquele pasto e
aquele castelo também
forem "eu".
Você pode achar isso
difícil de acreditar, mas os pensamentos na
sua cabeça não
pertencem a você — eles pertencem ao seu nome,
aos papéis nos quais
você se inseriu. Se você for uma mulher
pensando em seu filho,
em como ele estará no colégio, no que
preparar para o jantar
dele, e assim por diante, você não está tendo
esses pensamentos. É a
Mãe que está. Se nas horas em que estou
envolvido com minha
atividade de médico eu fico pensando em diagnósticos, receitas, e assim por
diante, é o Médico que está tendo esses pensamentos. Mãe e médico são papéis
úteis, é claro, mas eles chegam ao fim, e, um dia, cada um de nós depara com o
enigma Quem sou eu? que nunca foi respondido, por melhor que tenhamos
desempenhado nossos papéis.
Não obstante, você pode
escapulir dos papéis por um breve espaço de tempo. Enquanto você lê esta
página, dirija a atenção para aquele que está lendo. Ou, enquanto estiver
ouvindo música, volte a atenção para aquele que está ouvindo. Ou, se você vir
um arco-íris, aviste aquele que está vendo. Em todos esses casos, você sentirá imediatamente
uma consciência que está alerta, desperta, isenta, silenciosa, e contudo
intensamente viva. O que você fez na verdade? Você interrompeu o ato da
observação para olhar de relance para o observador. Este truque fornece um
insight da absoluta certeza da
sua existência, porque
além de toda a observação jaz o observador imutável. Esse observador é o fator
intemporal de cada experiência temporal, e esse observador é você.
As moléculas se
dissolvem e se extinguem, mas a consciência sobrevive à morte da matéria na
qual ela viaja.
Enquanto você achar que
você teve um
início, você não
encontrará sua parte imortal, que precisa nunca ter
nascido para que possa
não morrer nunca.
Mas Merlim diria:
— Examine mais de perto
suas dúvidas racionais. Atrás das dúvidas
situa-se o que duvida,
atrás daquele que duvida o pensador, atrás do
pensador uma partícula
de consciência pura que precisa estar
consciente antes que
qualquer pensamento possa surgir. Eu sou essa
partícula de
consciência. Sou imortal e imune ao tempo.
No mundo do mago, todos
compartilham
a mesma consciência
universal. Ela flui eternamente e abarca todos
os pensamentos, emoções
e experiências.
—Na medida em que você
é uma pessoa — ensinou Merlim —,
você é como uma gota no
oceano. Na medida em que você é parte da
consciência universal,
você é todo o oceano.
—A gota individual
simplesmente não se dissipa e se perde no
oceano? — perguntou
Artur.
—Não, o indivíduo nunca
pode ser obliterado, nem mesmo
através da experiência
do oceano da consciência — Merlim lhe
assegurou. — Você pode
ser você mesmo e ser ao mesmo tempo o
Todo. Isso pode parecer
um mistério, mas é assim que é.
Como disse Merlim:
— Os mortais acreditam
ser máquinas físicas que aprenderam a
pensar. Na verdade,
eles são pensamentos que aprenderam a criar uma
máquina física.
Sob o aspecto prático,
esse conhecimento encerra enormes
implicações. Se você
supuser que é acima de tudo um ser físico, você
viverá a vida de uma
maneira completamente diferente de alguém que
se considere
fundamentalmente um ser sutil.
Na próxima vez em que você notar um momento passageiro
de
tranqüilidade no qual você não tenha pensamentos,
desejos ou
sentimentos, não o considere um momento de distração.
Sua
consciência deslizou entre as fissuras dos corpos
físico, emocional,
mental e causal. No silêncio profundo, retornamos à
causa última, ao
Ser puro. Ali você se vê frente a frente com o útero
da criação, a fonte
de tudo que existiu, existe ou existirá, que é
simplesmente você.
A luz da confiança, à
medida que ela aos poucos vai se desenvolvendo ao
longo do tempo, você
descobrirá que é um filho privilegiado do
universo, totalmente
seguro, completamente apoiado, inteiramente
amado.
O conhecimento e a
intenção são forças. O que você pretende
muda o campo a seu
favor.
As intenções
comprimidas em palavras envolvem o poder
mágico.
As palavras abrangem
tanto o conhecimento quanto a intenção; por conseguinte, expressar uma intenção
através de palavras é o primeiro passo para transformá-la em realidade.
O primeiro passo em
direção à mudança é o reconhecimento.
Reconheça que pelo
menos algumas esperanças e desejos seus se
tornaram realidade.
Inesperadamente, sem que você tivesse que
fazer nada, pessoas
telefonaram exatamente quando você precisava
falar com elas, você
recebeu ajuda de onde menos esperava, preces
foram atendidas. Tudo
isso está acontecendo no campo. Quando você
tem uma intenção e a
envia para a consciência universal, você está
na verdade falando
consigo mesmo de outra maneira. Na qualidade
daquele que envia a
mensagem, você é um indivíduo que vive aqui no
tempo e no espaço. Mas
você também é aquele que recebe a
mensagem, no seu
aspecto de eu superior que preside sua identidade
espaço-tempo. E ainda
mais do que isso, você é o veículo transmissor
da mensagem, a
consciência propriamente dita.
Para você poder ver
realmente a si mesmo, você precisa se ver
como possuindo esses
três aspectos: o de quem envia, o de quem
recebe e o de veículo
transmissor. O tema encerra muitas variações:
você é o desejo, aquele
que deseja, e aquele que concede os desejos.
Este estado tríplice é
conhecido como unidade. Por conseguinte,
enviar uma intenção ao
campo e receber uma resposta não é algo
que você precise se
esforçar para alcançar. Em sua natureza
unificada, tudo que
você faz é satisfazer as intenções; essa é sua ocupação de tempo integral.
Em vez de sentir que
você precisa controlar o resultado da sua intenção, esteja convencido de que o campo
fará o trabalho para você. Liberte sua intenção no campo do intemporal; quanto mais
expandida estiver sua consciência, mais claro será o sinal que você irá enviar.
O mago é o mestre da
alquimia. A alquimia é a transformação.
É através da alquimia
que você começa a busca da perfeição.
Você é o mundo. Quando
você se transforma, o mundo em que
você vive também será
transformado.
A alquimia acontece o
tempo todo. Você não pode impedir que
ocorram transformações
em todos os níveis da vida.
O segredo não repousa
na sua aparência e sim em quão profundamente você está disposto a olhar.
Essa massa de carne e
osso não é seu corpo, que essa personalidade limitada que você vivência não é
seu eu. Seu corpo é na verdade infinito e um só
com o universo. Seu
espírito abarca todos os espíritos e não possui limites no tempo ou no espaço.
O trabalho da alquimia lhe revelará essas verdades.
Por termos como certo
que as coisas sólidas são reais, atribuímos
realidade à matéria
sólida da qual somos feitos. Os mesmos átomos
de hidrogénio, oxigénio
e carbono formam as nuvens, as árvores, as
flores, os animais e
seu corpo, mas esses átomos estão em constante
modificação e
transformação — menos do que 1 porcento dos átomos
que estavam presentes
em seu corpo há um ano permanecem nele
hoje. Mesmo sob o
aspecto material, faz pouco sentido afirmar que
você é feito de matéria
sólida, quando debaixo dessa solidez existe
um mundo de espaço
vazio e fluxo constante.
Seu lar não está situado
no tempo e no espaço e sim no intemporal, além da memória.Sente-se por um
instante, e imagine que você consegue ver sua
vida como um pergaminho
que vai se desenrolando à medida que você examina eventos que aconteceram cada
vez mais no passado. Comece desenrolando esse pergaminho até enxergar uma cena familiar,
como a do dia em que você conseguiu seu atual emprego. Veja-a com clareza, e
depois recue um pouco mais, digamos à época em que você frequentou a faculdade,
e continue a desenrolar o pergaminho passando pelo segundo grau, primeiro grau
e jardim de infância. Veja o mais claramente possível as cenas de quando você era
criança, de quando você começou a andar, de quando era um bebê. Não importa que
as imagens não sejam vívidas; basta que você tenha um sentimento de como era
ser você mesmo naquelas idades.
Recue agora ao dia em
que você nasceu — isso será pura imaginação — e depois veja a si mesmo como
feto, e a seguir como uma coleção de células transparentes que formam uma bola.
Observe a bola até ela se transformar em duas células, e depois em uma. Finalmente,
vá adiante e imagine-se antes disso, sem mesmo uma única célula à qual você
possa se apegar. Ao transpor esse limiar, repare que sua identidade não
desaparece. Mesmo não tendo um corpo ou uma imagem para observar, você continua
a ser quem você realmente é — uma consciência observante que permanece a mesma
embora o cenário da sua vida constantemente se modifique. Essa é sua identidade
como consciência, um alquimista sábio e ativo que permanece
independente, atrás do
incessante espetáculo da transformação. Tente agora imaginar o desaparecimento
dessa consciência. Em outras palavras, imagine uma época antes de você existir.
Isso não pode ser feito, porque o alquimista não está limitado à esfera do
tempo, onde todos os eventos têm um início e um fim. Analogamente, você pode desenrolar
o pergaminho em direção ao futuro e tentar imaginar-se morto e completamente
inexistente. Mais uma vez, isso não pode ser feito. Quando você alcança o final
da memória, do sentimento, da emoção, da imaginação e das idéias, o que ainda
permanece é você numa forma pura, como um impulso vital, que flui eternamente
através do milagre da criação. Esse fluxo tem lugar como uma incessante
transformação, a
alquimia da existência estendendo-se por todos os mundos e transcendendo-os.
A ordem é outra face do
caos, o caos é outra face da ordem.
— A morte é uma ilusão
— disse Merlim —, mas a luta que
os mortais empreendem
diante da morte é extremamente real.
Nenhum mortal
efetivamente sabe o que é a morte, mas o evento
é de tal modo
assustador que os mortais lutam contra ele com
todas as forças, sem
perceber a tremenda desordem e o caos que
provocam com essa
atitude.
Se você quer acompanhar
o fluxo da vida, você não pode ao mesmo tempo lutar contra ele. Por
conseguinte, aquele que busca a perfeição aceita que
a incerteza sempre
existirá em sua vida.
Apesar do fato de seu ego
detestar a imprevisibilidade, a verdade
é que você várias vezes
extraiu benefícios dela. Pense por um
momento nas inesperadas
oportunidades que surgiram em seu
caminho, nas ofertas de
ajuda que você jamais antevira, nas
repentinas idéias e
inspirações que você teve, nas decisões
impulsivas de se mudar
ou falar com um estranho que abriram novos
horizontes. Essa é a
maneira natural de viver.
Seu futuro não é
composto de um único cenário, mas sim de todos os cenários possíveis. Eles se
expandem a partir do momento presente como fios invisíveis de potencial. A vida
de todo mundo é assim; somente nosso falso senso de controle nos faz acreditar
que podemos impor a ordem ao que na verdade é totalmente imprevisível.
Se você conseguir
aceitar o fluxo da vida e se render a ele, você estará aceitando o que é real.
Somente quando aceitar o que é real é que você poderá viver com paz e felicidade.
A alternativa é uma luta interminável, porque ela é uma luta com o irreal, com
uma miragem da vida em vez de com a vida propriamente dita.
Os magos não lamentam a
perda, porque a única coisa que pode ser perdida é o irreal. Mesmo que você
perca tudo, o real permanecerá.
Num mundo de mudança é
preciso que haja ganho e perda. O ego
considera o ganho bom e
a perda má, mas a natureza não estabelece
essas distinções.
Enquanto houver criação, tem que haver destruição.
— Já lhe ocorreu alguma
vez que você não pode perder nada —
perguntou Merlim —
porque você nunca na verdade teve nada? A
única coisa que você
realmente já teve é você mesmo. Esse eu poderá
passar algum tempo numa
casa ou num emprego, algum tempo na
presença de certas
coisas ou ter uma certa quantidade de dinheiro, mas
com o tempo tudo isso
se modifica. Tudo que você tem então é uma
memória, uma imagem, um
conceito. Estes não são reais; são
invenções da mente. Os
pensamentos são como hóspedes; eles entram
e saem enquanto você
permanece. Encare os objetos e as posses da
mesma maneira. Eles vêm
e eles vão. O que fica é você.
— A natureza leva as
coisas embora por suas boas razões e
na época adequada —
disse Merlim. — Se você quiser flores fora
da estação, você pode
bordar flores que irão durar para sempre,
mas quem poderia fingir
que elas estão efetivamente vivas?
Analogamente, sempre
que você sente necessidade de controlar e
lutar, de manter as
pessoas, o dinheiro ou as coisas presos a você
quando eles vão embora,
você está se opondo à força universal que
mantém tudo em
equilíbrio.
Substitua a culpa e a
queixa pelo conhecimento calmo e
seguro de que você está
protegido no plano da natureza; não importa
o que você possa ter
perdido, é temporário e irreal.
—Alguém pode realmente
modificar o passado? — perguntou
Artur.
—É claro — retrucou
Merlim. — Vocês, mortais, têm o hábito de
acreditar que o passado
cria o presente e que o presente gera o
futuro. Este é apenas
um ponto de vista arbitrário. Imagine por um
momento sua versão de
um futuro perfeito. Veja a si mesmo nesse
futuro tendo realizado
tudo que possa desejar neste momento. Você
consegue se ver lá?
Artur fez que sim com a
cabeça, porque ele tivera de repente uma
visão de Camelot em
toda sua glória.
—Muito bem. Pegue agora
a memória desse futuro e traga-a para
o presente. Deixe que
ela influencie a maneira como você irá se
comportar a partir
deste momento. Se você imaginou a paz e a
satisfação numa total
ausência de medo, viva isso agora. Sempre que
impulsos de raiva, medo
ou carência surgirem do passado, desfaçase
dessas memórias e aja
de acordo com suas memórias futuras.
Livre-se do fardo do
passado, e deixe-se guiar por sua visão de um
futuro realizado. Você
percebe o que aconteceu?
—Não estou bem certo —
replicou Artur.
—Você está vivendo às
avessas no tempo, exatamente como faz o
mago. Viver hoje o
sonho de amanhã é uma possibilidade que está
sempre aberta a você.
Quem diz que você precisa viver apenas o
passado? Por viverem
para trás no tempo, os mortais são sempre
oprimidos pelo fardo da
memória; eles deixam que o passado crie o
presente. O mago
escolhe deixar o futuro criar o presente, é isso que
realmente significa
viver às avessas no tempo.
—E você alterou o
passado, então, por não mais permitir que ele
influenciasse suas
ações no presente — disse Artur.
—Exatamente. Mas esse
não é o final da história. O passado pode
ser modificado de um
modo muito mais profundo. Quando você
aprender que o tempo
está sendo inventado na sua consciência, você
perceberá que não
existe passado. Existe apenas o eterno presente,
em eterna renovação. O
agora é o único tempo que realmente existe.
O passado é memória, o
futuro é potencialidade. Este momento é o
ponto central de
qualquer futuro possível que você possa imaginar.
Viva agora seu mais elevado
ideal. Veja um futuro baseado na crença de que o universo se preocupa com você,
que você está crescendo em direção a uma
consciência superior,
que o amor, a verdade e a auto-aceitação já são seus. Você não precisa atingir
esses estados a fim de vivê-los agora. Vivê-los agora é a maneira de
alcançá-los.
Considere o momento
presente e depois recue no tempo até ontem, o
ano passado, uma década
atrás. Continue a recuar até atingir seu
nascimento, depois
acelere e veja os séculos passados, a pré-história,
o início do mundo. Leve
a linha até o nascimento da terra, do sol, das
estrelas. Ao dissolver
as estrelas e recuar até o universo primordial,
você chegará ao momento
do big-bang. Sua imaginação agora
provavelmente será
incapaz de criar imagens de um passado ainda
mais distante, mas
mesmo assim você não precisa parar. Não existe
realmente um início do
tempo, porque com relação a qualquer
momento que você
considere um início, você pode fazer a pergunta: O
que aconteceu antes
disso?
Analogamente, se você
começar no momento presente e avançar
no tempo, poderá
esgotar suas imagens depois de imaginar o fim do mundo, o fim do sol, o fim das
galáxias. Mas nunca haverá um final do tempo, porque você sempre poderá
perguntar: O que vai acontecer depois disso? Em resumo, o tempo é uma eternidade
que se estende em ambas as direções, não importa o momento que você escolha
como seu início. Isso lhe diz duas coisas: você é o centro da eternidade, e
todos os pontos no tempo são na
verdade o mesmo. Isso
precisa ser verdade se a eternidade realmente for igual a partir de qualquer
ponto no tempo.
Foi dito que o tempo é
a maneira de a natureza evitar que experimentemos tudo simultaneamente. Também
poderíamos dizer que o tempo é a
maneira de a natureza
deixar que satisfaçamos pouco apouco nossos
desejos, que é, afinal
de contas, a maneira mais agradável.
O que cria a ilusão de
passado, presente e futuro é apenas o foco da sua atenção.
Sua mente é a faca que
corta o continuum do espaço e do tempo em
distintas fatias de
experiência linear. Quando você conseguir utilizar
conscientemente esse
poder, você será um mago.
Você teve origem num
continuum que não tem um início no tempo ou
no espaço. Por ser
infinito e eterno, você não vem de nenhum lugar.
Sua mente e seus
sentidos localizaram a eternidade num ponto, que
é agora aqui.
Não existem acidentes,
embora vocês, mortais, acreditem neles.
Existe apenas causa e
efeito, e quando a causa está muito distante
no tempo, o efeito
retorna depois de você o haver esquecido. Mas
esteja certo de que
tudo que lhe acontece de bom ou de mau é
resultado de alguma
ação no passado.
Nada é aleatório no
universo. Suas ações passadas não estão voltando para puni-lo e sim para captar
sua atenção.
O universo está
organizado ao redor do seu destino e obedece aos seus
menores caprichos, e no
entanto vocês saem por aí reclamando que
Deus e a natureza são
totalmente indiferentes.
Os magos jamais
condenam o desejo. Foi seguindo seus desejos
que eles se tornaram
magos.
Todo desejo é criado
por algum desejo passado. A cadeia do
desejo nunca acaba. Ela
é apropria vida.
Não considere nenhum
desejo inútil ou errado — um dia cada um
deles será realizado.
Honre cada desejo que
você tiver. Acalente os desejos do seu coração. Não se esforce para conseguir o
que você quer; tenha confiança de que o espírito superior colocou o desejo
dentro de você, e deixe a cargo do espírito fazer
com que seus desejos se
tornem realidade.
—Então por que Deus
criou tantos objetos de desejo? — indagou
Artur.
—Por que não? O que há
de errado em querer mais deste mundo
se vale a pena querer
tudo? — replicou Merlim. — Considere o
desejo como a disposição
de receber o que Deus quer dar. Este
mundo é uma dádiva; o
Criador não foi coagido a criá-lo. A capacidade de Deus de dar só é limitada
pela capacidade que você tem de receber.
—Talvez isso seja
verdade, mas por que Deus simplesmente não
providenciou um caminho
que levasse diretamente a Ele? —
perguntou Artur.
—Mas Ele fez isso. O
desejo é o caminho direto, pois não existe
um caminho mais rápido
para Deus do que seus desejos e
necessidades.
O problema não diz
respeito ao desejo e sim ao que acontece quando seus desejos são bloqueados ou
frustrados. É aí que começam a luta e as críticas.
Imagine-se como uma
criança que não quisesse ir além de brincar com os
brinquedos; se novos desejos não surgissem constantemente
dentro
de você, você ficaria
preso a uma perpétua imaturidade.
O discurso de Merlim
sobre o desejo mexe conosco, porque vivemos
numa sociedade na qual
as pessoas são capazes de ter um número
cada vez maior de bens
materiais. O resultado final, porém, não foi
nos tornar
perfeitamente felizes. Com frequência encontramos um
vazio espiritual atrás
da abundância. Isso não significa que desejar
ter uma casa, um carro
e uma conta bancária é errado ou
vergonhoso. O vazio
espiritual não foi criado por desejarmos coisas
materiais. Ele foi
criado ao nos voltarmos para as coisas externas
esperando que elas
fizessem o que não são capazes de fazer. As
coisas externas não
podem satisfazer as necessidades espirituais. O
ditado que diz que é
mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma
agulha do que um rico
entrar no reino dos céus não condena a
riqueza. Ele
simplesmente salienta que o dinheiro não tem valor
espiritual. O dinheiro
não é a porta de entrada para o paraíso.
Os magos sempre
ensinaram que o desejo precisa ser visto como
um caminho. No início,
os desejos giram em torno de coisas como o
prazer, a sobrevivência
ou o poder. Mas com o tempo, o caminho do
desejo nos leva além
dessas gratificações. Eles não são desejos
inferiores e sim
desejos iniciais. Assim como numa certa idade a
criança deixa de se
interessar pelos brinquedos, o desejo de
conseguir cada vez mais
acabará por conduzir a pessoa a uma fase
natural na qual o
desejo de alcançar Deus assume uma suprema
importância.
— Não se preocupe em se
tornar um buscador de Deus — disse
Merlim. — Você tem sido
um buscador desde que nasceu, só que no
início o Deus que você
buscava eram os brinquedos, depois a
aprovação, e depois o
sexo, o dinheiro ou o poder.
"Você venerou
todos eles e os desejou com grande paixão. Regozije-se
neles quando forem o
desejo do momento, mas esteja preparado
para quando eles
desaparecerem. O grande problema que você
enfrentará não será o
desejo, e sim o apego, a vontade de agarrar-se a
alguma coisa quando o
fluxo da vida quer que você desista dela."
O caminho do desejo é
incrivelmente poderoso e nunca termina;
somente os objetos do
desejo mudam e se modificam. O mago percebe
que, em seu nível mais
profundo, nossos desejos contêm o impulso
evolucionário da
própria vida. Querer viver não é um mero instinto de
sobrevivência, é um
caminho que desabrocha. A vida não gosta de ser
bloqueada, e é por isso
que Merlim disse que os problemas com
relação ao desejo só
surgem quando um obstáculo é colocado em seu
caminho.
É de vital importância
que você se harmonize com a natureza do seu desejo, que compreenda que no plano
divino todos seus desejos estão destinados a se tornarem realidade.
—As estradas são o
sinal do mago. Você já sabia disso?
—Não.
—Lembre-se então do que
eu digo. O mago é aquele que ensina
indo embora, e quando
você também conseguir partir, você será um
mago.
Vocês, mortais,
constroem casas para se proteger do mundo. Para o mago, o
lar é o momento
presente, e os momentos estão sempre se deslocando...
Caminhar por uma
estrada é um sinal de desapego, e os magos
ensinam que no desapego
repousa a verdadeira liberdade.
O retorno à natureza
está sendo desesperadamente buscado em toda parte, talvez no último instante.
Os magos nunca se separaram da natureza, de modo que eles não têm ao que
retornar. Eles esperam para nos acolher
com alegria quando
retornarmos ao espírito. Seus segredos revelam que, se você quiser se reunir à
natureza, o caminho é recuperar sua própria natureza, que é a consciência pura.
Não existe nada "lá fora" exceto um espelho do que existe "aqui
dentro". Se você quiser ir novamente para casa, compreenda que seu lar é o
momento presente.
A insegurança é o
motivo pelo qual atacamos a terra, porque se tivéssemos confiança que seríamos
alimentados e defendidos, nenhum de nós se mostraria tão histérico com relação
à sobrevivência.
Na nossa essência, cada
um de nós é apenas confiança. O ser e o
amor também são partes
inatas de nós mesmos, mas é a confiança
que nos permite
respirar com facilidade, aceitar o espírito da terra
como sendo nosso. E a
técnica que nos permite lembrar disso é tão
simples quanto a
técnica que usamos para nos lembrar de qualquer
outra coisa. Permita-se
parar de acreditar que a resposta está no
esforço. Aprecie em
silêncio a vida que vem ao seu encontro a cada
momento. Uma tremenda
energia que está oculta no presente
acompanha essa
silenciosa aceitação, e essa energia encerra
abundância, paz,
inteligência e criatividade. Essas são as dádivas do
silêncio envoltas no
espírito da terra.
O que é o eterno senão
o momento presente que está sempre se renovando?
"—No início não
havia separação. Quando o bebê tocava o seio da mãe, o berço ou a parede, todas
essas coisas pareciam fazer parte de uma única sensação fluente, indivisa.
Logo, contudo, todo bebê passa a perceber que existe outra coisa além dele
mesmo, o mundo exterior. O ego diz: Isso sou eu, aquilo não sou eu. Depois, aos
poucos, certas coisas passam a se identificar com o "eu": minha
mamãe, meus brinquedos, minha fome, minha dor, minha cama. Assim que surgem as
preferências, passa a existir todo um mundo que não sou eu, nem minha mamãe,
nem meus brinquedos, e assim por diante."
—Não consigo me lembrar
desse nascimento, como você o chama — disse Percival. — Mas se o que você diz é
correto, então deve ser aqui que a busca do Graal começou. Onde mais ela
poderia começar a não ser na separação?
—É verdade. Enquanto
você se sentia divino, não havia necessidade de uma busca para recuperar a
bênção de Deus — Merlim concordou. — Na separação, você começou a procurar a si
mesmo nos objetos e eventos. Você perdeu a habilidade de ver a si mesmo como a
verdadeira fonte de tudo que existe, porque o bebê não estava errado ao se ver
como a verdadeira fonte da vida. Quando você começou a explorar o mundo
exterior e seus objetos se
tornaram fascinantes,
você ligou sua felicidade a eles. Isso se chama referência do objeto, que veio
substituir a referência a si mesmo do bebê.
— Quando surge o ego —
prosseguiu Merlim — você passa a ter um
mundo "lá
fora", e uma nova tendência emerge, o anseio de sair pelo
mundo e fazer
realizações. Os primeiros indícios
dessa
O ego começa a dominar
o espírito. Quando o bebê se volta para dentro de si para sentir o que existe
ali, ele já não mais encontra a consciência pura; em vez disso, encontra um
turbilhão de memória. As experiências se tornam pessoais, e nunca serão de novo
completamente compartilhadas.
Este mundo de objetos e
eventos diz respeito a uma única coisa: a individualização. O ego é necessário
para que isso aconteça, pelo menos no caminho que vocês, mortais, escolheram.
O buscador ainda está
envolvido numa ilusão quando sai por aí dizendo: "Deus está aqui, Deus não
está aqui". O observador, por outro lado, vê Deus na própria vida. A longa
guerra interior finalmente terminou, e o descanso chega para o guerreiro. Em
lugar da luta, você vivência todos seus desejos se
tornarem realidade
naturalmente e sem esforço.
Quando vocês forem
capazes de se verem como espírito, sua identificação com o corpo e a mente
deixará de existir. Ao mesmo tempo, o conceito de nascimento e morte também
cessará. Vocês serão uma célula no corpo do universo, e esse corpo cósmico será
tão íntimo de vocês quanto seu corpo o é para vocês agora. Isso é o mais
próximo que eu consigo chegar de como
um mago sente, , pois
mago é apenas uma outra palavra para o sétimo
estágio.
Entendam o seguinte:
para o mago, o nascimento é meramente a idéia de que 'eu tenho este corpo', e a
morte é apenas a idéia de que 'eu não tenho mais este corpo'. Como os magos não
estão sujeitos à ilusão do nascimento, qualquer corpo que eles assumam é visto apenas
como um padrão de energia, qualquer mente como um padrão de informação. Esses
padrões estão em eterna transformação; eles vêm e vão. Mas o mago está além da
mudança. A mente e o corpo são como quartos nos quais a pessoa escolhe viver, mas
não o tempo todo.
Nenhuma quantidade de
pensamento ou sentimento pode aproximar ou trazer a vocês esse estado. O
espírito nasce do silêncio puro. O diálogo interno da mente precisa terminar e
nunca mais recomeçar, porque aquilo que deu origem ao diálogo interior, a fragmentação
do eu, não está mais presente. Seu eu será unificado, e à semelhança do bebê
que foi seu início, vocês não sentirão nenhuma dúvida, vergonha ou culpa. A
necessidade de dualidade do ego gerou um mundo de bem e mal, certo e errado,
luz e sombra. Agora vocês verão que esses opostos se mesclam. Essa é a
perspectiva de Deus, porque onde quer que Ele olhe, tudo que Ele vê é Ele
mesmo.
—No final voltaremos ao
início — murmurou Galaad.
—Sim — disse Merlim. —
Cada um de vocês começa com amor,
passa pela luta, paixão
e sofrimento, terminando novamente no
amor.
Na consciência divina,
vocês se verão como aquele que cria, não o que é criado, o que dá a vida, não o
que recebe.
Vocês se tornarão o
milagre, no estado conhecido como consciência de unidade. Agora, qualquer
distinção entre o que cria e o que é criado desapareceu. O espírito dentro de
vocês se incorpora ao espírito de tudo o mais. O retorno de vocês à inocência é
todo abrangente, porque, à semelhança do bebê que toca a parede ou o berço e só
sente a si mesmo, vocês verão cada ação como o espírito derramando-se sobre o
espírito. Vocês viverão num completo conhecimento e confiança. E embora ainda
pareçam morar num corpo, ele será apenas um grão de Ser nas praias do oceano
infinito de Ser que são vocês mesmos.
*****************************************************Inscreva-se em nossa NewsLetter e receba semanalmente a postagem de destaque de cada semana do nosso blog MAIS DE MIL FRASES DE EFEITO. Vídeos motivacionais, Sugestão de Filmes de Efeito, Sons de Efeito, Vídeos de Efeito, Frases de Efeito, Matérias de Efeito, resumos de livros de Auto-Ajuda e muito, muito mais.
Preencha a linha abaixo com seu e-mail e usufrua Já desta vantagem:
2 comentários:
Que bom poder ler essas coisas, nos faz interagir com a Vida, o Todo, amei!
Abraços e bom fim de semana!
Gratidão!
Postar um comentário